A insatisfação com um trabalho é algo mais comum do que se imagina. Muitas vezes, estamos em um ambiente que nos respeita e que nos permite alçar voos mais altos. No entanto, ao elaborarmos algum projeto, a execução acaba perdendo os rumos.
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Foi basicamente isto que aconteceu com um autor muito famoso das novelas globais, conhecido por criar alguns dos maiores fenômenos que acompanhamos na dramaturgia recente.
Sua marca reconhecida são os folhetins que fazem grande sucesso e altos índices de audiência. Mas, não foi este o caso que citaremos a seguir. A novela não conseguiu alcançar voos tão altos quanto o novelista esperava.
Percebia-se que havia um esforço para reverter o quadro de estagnação em que a novela entrou. A maior reclamação estava no fato de que faltava química entre alguns personagens e seus interpretes.
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Como ocorre normalmente nas tramas, houve um apelo à causas sociais relevantes. Em Amor à Vida, exibida originalmente em 2013, não foi diferente e Walcyr Carrasco investiu em personagens que ilustrassem alguns dramas da vida real.
O autor inseriu no núcleo principal, contracenando com as atrizes Fernanda Machado e Susana Vieira, o papel de uma garota autista para Bruna Linzmeyer. A personagem Linda teria sido caracterizado por ela de maneira diferente daquela esperada por Walcyr.
Ele não gostou do drama colocado por Linzmeyer na atuação e pediu que isto fosse alterado. Sem ser atendido em suas solicitações, o autor resolveu solucionar o caso passando a borracha nos roteiros em que tinham cenas escritas para ela.
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Houve uma redução nas participações da atriz em cena e seu papel foi reduzido a cenas rápidas no Hospital San Marino. Para quem estava acompanhando a novela, ficou a impressão de que ela virou uma mera figurante.
Depois do ocorrido, Bruna Linzmeyer fez diversos outros personagens para novelas globais e, recentemente, interpretou Madeleine na primeira fase de Pantanal. Nenhum de seus outros seis trabalhos após Amor à Vida foram para Walcyr Carrasco, que parou de convidá-la para suas novelas.
