
Em entrevista ao Conversa com Bial na madrugada de segunda-feira (21), Regina Duarte falou sobre sua ausência nas novelas desde sua última participação em Tempo de Amar (2017). A atriz, que recentemente celebrou 60 anos de carreira, revelou o motivo de não querer voltar ao formato que a consagrou, deixando claro que, caso aceitasse um convite, seria “para interpretar uma personagem muda”.
“Não quero mais decorar texto, fiz isso a vida inteira”, afirmou, explicando que a rotina de gravações, que exigia 12 horas de trabalho e 12 horas de preparação, se tornou desgastante para ela. Agora, depois de tanto tempo dedicada à carreira, Regina sente que precisa de algo diferente. “Me dá uma folga. A mudinha é uma proposta interessante”, brincou a veterana.
Regina foi a convidada de abertura da nova temporada do Conversa com Bial, uma edição especial em homenagem aos 60 anos da Globo. Durante a conversa, ela refletiu sobre sua trajetória na emissora e recordou com carinho os momentos em que fez parte da rede. “Eu tenho revisitado tanta coisa que já fiz, é uma forma de recuperar essa relação tão importante na minha vida”, contou, mostrando sua gratidão pela Globo, onde estreou em Véu de Noiva (1969).
Em certo momento da entrevista, Pedro Bial sugeriu que Regina poderia voltar às novelas e mencionou os rumores sobre um possível convite para ela participar de Três Graças, a próxima novela das 21h, escrita por Aguinaldo Silva. A atriz, no entanto, desconversou e fez piada sobre a condição de ser uma personagem muda para aceitar o papel.
Falando sobre o remake de Vale Tudo, no qual Taís Araújo assumiu o papel de Raquel, personagem que Regina interpretou na versão original de 1988, a atriz foi só elogios. “Que novelão, coisa linda, impressionante”, comentou, elogiando o excelente trabalho de Taís. Regina também compartilhou um momento emocionante: Taís a procurou antes de começar a gravação para pedir sua bênção para interpretar a personagem. “Ela me mandou uma mensagem linda, e respondi também lindamente como ela merecia e merece”, disse Regina, reforçando o respeito e carinho pela colega.
Além disso, a veterana deu um conselho a Taís: “Relaxa e se solta, se joga nessa mulher. O que a gente faz é um parque de diversões, vai brincar.” Regina explicou o prazer que sempre sentiu ao interpretar personagens muito diferentes de sua própria personalidade e como isso sempre foi uma forma de liberdade criativa. “Sempre tive a grande sorte de fazer personagens muito parecidos com a pessoa que meus pais criaram”, concluiu.