
Em um momento de reaproximação entre Regina Duarte e a Globo, a atriz vem surpreendendo com sua mudança de pensamento. A veterana, que largou a emissora para integrar o governo de Jair Bolsonaro, selou as pazes com a empresa e já até narrou a chamada de História de Amor, que voltará ao ar em fevereiro.
Regina rompeu com a Globo em 2020, quando largou a carreira artística para assumir o cargo de secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro. Na época, ela ficou com a imagem “queimada” com a classe artística por conta da decisão e por causa de suas declarações e atitudes à frente da pasta.
No entanto, a atriz, que até então era defensora ferrenha do ex-presidente a ponto de minimizar a Ditadura Militar, tem demonstrado contrariedade aos pensamentos do político e até elogiou o filme Ainda Estou Aqui, que retrata os horrores do período militar.
O que aconteceu
Em seu perfil nas redes sociais, Regina Duarte elogiou o filme protagonizado por Fernanda Torres, que está concorrendo ao Oscar. Além disso, ela citou Eunice Paiva e a classificou como “heroína brasileira”.
“Acho a direção primorosa, elenco ótimo e atuação da Fernanda Torres contida, na medida certa, respeitando a Eunice, heroína brasileira grandiosa vivendo tempos de comprometimento difíceis”, escreveu a artista em resposta a uma seguidora.
Anteriormente, Regina já havia elogiado o filme. “Eu vi um filme maravilhoso, ‘Ainda Estou Aqui’. Fernandinha Torres… Meu Deus! Me deu uma vontade de fazer cinema, sabe? Que direção! Que texto! Coisa maravilhosa!”, declarou ela em entrevista ao podcast Se Lig, em dezembro.
Regina Duarte muda em meio à reconciliação com a Globo
Personagem central do filme Ainda Estou Aqui, Eunice Paiva sofreu com a ditadura e com o desaparecimento e morte do marido, o então deputado federal Rubens Paiva, assassinado pelos militares.
O comentário de Regina sobre Eunice e o longa chama atenção porque a atriz chegou a minimizar a ditadura enquanto ocupava o cargo de secretária de Cultura do governo Bolsonaro.
“Sempre houve tortura, não quero arrastar um cemitério. Mas a humanidade não para de morrer, se você falar de vida, de um lado tem morte. Por que olhar para trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões, acho que tem uma morbidez neste momento”, disparou ela em entrevista à CNN Brasil, em 2020.
No entanto, uma mudança de postura aconteceu nos últimos meses, surpreendendo a todos. Isso acontece justamente em um momento de reaproximação com a Globo, como o convite para narrar a chamada da reprise de História de Amor. Há quem aposte num retorno de Regina Duarte às novelas da emissora.