O relacionamento amigável de Dom Sabino – Edson Celulari – e Samuca (Nicolas Prattes) em O Tempo Não Para será enterrado em breve quando o ex-congelado descobrir que a Samvita foi construída nas terras de sua antiga fazenda. A dinâmica do folhetim mudará a partir daí, e o ator falou sobre a virada na trama dos dois personagens em entrevista à jornalista Patricia Kogut.
“Sabino e Samuca ficarão em lados opostos. Antes, as diferenças entre eles eram só por causa do namoro com a filha. Agora, será um problema de ordem moral. Samuca passará a ser visto por ele como um mentiroso. Para defender o que acredita, Sabino acabará atropelando as escolhas da filha e magoando a moça. Isso tudo vai gerar um movimento bonito na trama. Dramático, mas sempre com pitadas de humor”, adiantou o veterano.
Ele também terá que lidar com a paixão que nutre por Carmen (Christiane Torloni). “A Carmen desperta nele uma atração, principalmente por ser tão diferente das mulheres do tempo dele. Sabino não sabe como lidar com isso: ao mesmo tempo, é um sujeito que vive para família. Ele e Augustina [Rosi Campos] recuperaram a intimidade e ela demanda muita atenção dele. Quem vai resolver esse triangulo é o autor (risos). Eu não tenho torcida”, opinou Celulari, que fez uma reflexão sobre a cura de um linfoma não-Hodgkin, diagnosticado em 2016.
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“A doença é uma espécie de parada obrigatória que te tira da rotina e te faz refletir sobre a vida. Com isso, você tem a chance de repensar tudo, de resgatar valores e priorizar o que é realmente importante para você. Foi o que fiz. Quando voltei na novela da Glória, olhei aquele estúdio, lembrei de sua inauguração há 20 anos, vi o cenário e todo o maquinário no teto e pensei: ‘como estou ligado a esse ofício. É disso que eu tenho que tirar energia’. Então, poupar não é comigo. Quero gastar energia, ser criativo, generoso e coletivo. A telenovela me dá essa oportunidade”, afirmou.
O intérprete de Dom Sabino também revelou que não pretende se limitar à televisão nesse retorno. “Quero produzir muita coisa e fazer cinema como ator e como diretor. Rodei um curta com a minha mulher, a Karin Roepke, chamado “Cinzas” e ainda no ano que vem pretendo dirigir outros filmes. Muitos ‘sessentões’, como eu, começaram a produzir com essa idade ou aumentaram a qualidade de sua produção nessa época. O Saramago é um deles. Até quando eu tiver discernimento e memória, quero poder trabalhar”, revelou.