Uma cena de Meu Bem, Meu Mal (1990) foi considerada polêmica e sem contexto nenhum com o momento que estava sendo retratado. Afinal, a intenção da cena era uma só: vingar uma atriz, que saiu da Globo no meio da novela.
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A demissão de Isis de Oliveira foi conturbada e em meio a um grande mal-entendido. A atriz era considerada uma das grandes musas dos anos 80 nas novelas globais, mas perdeu seu contrato devido um problema que ela diz ter sido criado propositalmente para boicotá-la.
Era Natal de 1990, quando Isis teria feito um pedido para o diretor Paulo Ubiratan. O responsável por Meu Bem, Meu Mal ouviu dela um apelo para ser dispensada em um tempo maior que os demais membros do elenco no período de festas de Fim de Ano.
O motivo era nobre e ela havia planejado uma viagem para Lisboa, capital de Portugal. Ubiratan concordou com o pedido de Isis, mas explicou para ela que precisava ser organizada uma forma de fazer com que as gravações de cenas com a presença de sua personagem fossem realocadas para outro bloco de capítulos.
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Ísis de Oliveira queria ser dispensada entre 26 de dezembro até 02 de janeiro. O diretor da novela pediu que a intérprete de Mimi Toledo procurasse uma pessoa em específico, uma produtora. Porém, esta mulher supostamente não gostava da atriz.
Ao acertar tudo com a sua “inimiga”, a produtora falou que estava tudo OK e que as cenas de Mimi só apareceriam nos roteiros dos capítulos gravados do dia 02 de janeiro em diante.
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Com tudo certinho, Ísis de Oliveira viajou e retornou exatamente na data acordada. Entretanto, viu que o clima estava diferente quando chegou para gravar depois da viagem. Ao procurar Paulo Ubiratan, não foi recebida por ele.
Em seguida, ela recebe a notificação de que estava sendo demitida por justa causa, devido a quebra de contrato. O motivo de sua demissão foi por conta da falta nas gravações. Com o distrato, não houve sequer a gravação de despedida da atriz.
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Sua personagem sumiu bruscamente de Meu Bem, Meu Mal. Achando pouco todo o burburinho, no capítulo da novela exibido em 19 de fevereiro de 1991, um diálogo entre o personagem Toledo (Sérgio Viotti) e Doca (Cássio Gabus Mendes) soltou uma indireta debochando do ocorrido com Ísis de Oliveira.
A cena teria sido armada por Ubiratan como uma espécie de vingança. “Dona Mimi não existe mais. Ela foi demitida“, disse Toledo. “Nunca tinha ouvido falar em uma esposa demitida“, estranhou Doca. “Digamos que foi demitida por excesso de faltas ao trabalho“, explicou Toledo.