Até 2020, Silvio de Abreu ocupava um cargo de poder na Globo. O dramaturgo simplesmente era chefe do mais alto escalão da teledramaturgia da emissora carioca. Cabia a ele mandar e desmandar sobre todo e qualquer assunto relacionado a novelas e séries.
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Porém, diante desta posição, muitos privilégios eram dados a ele e haviam algumas polêmicas que foram reveladas por contratados e ex-contratados. Maior parte das acusações são de boicotes e, portanto, listamos aqui as pessoas que provavelmente sofreram com as investidas dele.
Amado por muitos e odiado por outros tantos, conheçam as supostas vítimas de Silvio de Abreu:
Tatá Werneck
Ela própria já comentou publicamente, mas um diretor que trabalhava com a atriz acabou concretizando. Wolf Maya confirmou o ranço que Silvio de Abreu tinha de Tatá Werneck. Segundo Maya, para colocá-la no elenco de Amor à Vida precisou de enfrentar Silvio de Abreu.
“Eu suei, cara, [para emplacar Tatá Werneck como atriz]! Na época, não sei quem estava mandando, acho que era o Silvio de Abreu… Ele odiava ela! Não queria a Tatá de jeito nenhum!”, afirmou Maya.
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Stênio Garcia
História que existe há alguns anos, a esposa de Stênio Garcia iniciou a polêmica afirmando que, maldosamente, Silvio de Abreu boicotava o seu marido. Chegou a rogar até uma praga para o chefão e, neste final de semana, o assunto voltou à tona com uma nova afirmação de que o diretor teria o demitido por WhatsApp.
Incomodado, Silvio respondeu Stênio e disse que o boicote não era dele, e sim de diretores e autores por conta de uma plástica mal feita do ator. Stênio Garcia, então, rebateu: “Houve um erro de comunicação. A única coisa que fiz foi a minha boca, coloquei algumas porcelanas nos dentes, mas fora isso eu não fiz nada”.
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Carolina Dieckmann
Cotada para ser a principal vilã de Passione (2011), Carolina Dieckmann sofreu um corte que teria sido ordenado por Silvio de Abreu. O chefão e autor da trama definiu que a atriz deveria sair da novela, diante da suposta rejeição à personagem Diana a qual ela vivia.
Também, pesava-se o fato de que Dieckmann não era nada próxima de Abreu. Injuriada, durante um evento ela criticou a decisão: “O vilão não tem de se dar bem no final. A Diana não devia ter morrido […] Comentários na internet não podem mudar a novela”.
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Silvia Pfeifer
Lésbica em Torre de Babel, Silvia Pfeifer esteve em meio ao rebuliço causado pela rejeição à novela. A solução de Silvio de Abreu foi colocar todos os personagens fracos em um shopping e criar uma cena em que todos eles morriam em uma explosão.
Dentre estes, estava a personagem de Pfeifer. Durante uma entrevista, ela reclamou: “Não entendo até hoje de onde veio a censura”. Anos depois, a explicação surgiu por parte do galã global Marco Pigossi, que revelou: “Ele [Silvio de Abreu] dizia que atores gays não deviam assumir sua sexualidade publicamente, pois as donas de casa e telespectadoras em geral enxergam o galã como ‘machão'”.
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Vera Fischer
Dama de sucesso das novelas globais, Vera Fischer aproveitou seu espaço durante o Conversa com Bial em 2017 para dar a entender que estava enfrentando dificuldades de retornar à TV justamente por sofrer algum tipo de boicote ou intervenção de alguém.
Sem papas na língua, Fischer usou seu espaço no talk show para mandar uma mensagem diretamente ao ex-chefão: “Quero voltar a fazer novelas. Acho que o Silvio [de Abreu] tinha que olhar e dizer assim: ‘Essa moça vai para o teatro todos os dias na hora certa, se arruma, tem público, viaja o Brasil todo. Por que dizem que ela chega atrasada? Por que dizem que ela dá problemas? Ela não dá!'”.