Ambientada em uma cidade fictícia, Alma Gêmea (2005), atualmente reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, foi gravada em três estados diferentes. Além disso, a Globo ergueu uma aldeia indígena numa área do Rio de Janeiro, além de erguer uma enorme cidade cenográfica que conta com um detalhe curioso.
O folhetim escrito por Walcyr Carrasco contou com gravações em Bonito, no Mato Grosso do Sul e em Carrancas, no interior de Minas Gerais, para as sequências iniciais de Serena (Priscila Fantin), além de locações no Rio de Janeiro.
As gravações que se passam na aldeia de Serena na primeira fase da história aconteceram em três locações diferentes: no Camorim, no Rio de Janeiro, em Carrancas, em Minas Gerais, e em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Onde foi gravada a novela Alma Gêmea?
A ideia inicial do diretor Jorge Fernando era rodar todas as cenas em Bonito, mas a equipe da trama mudou os planos após uma visita ao local, quando verificou que seria a alternativa mais complicada do ponto de vista de produção.
Com isso, ficou decidido que as cenas da invasão dos garimpeiros e do incêndio da aldeia – que contaria com muitas pessoas nas gravações – seriam feitas na região do Camorim, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Já as locações de fazendas, campos e estradas foram gravadas em Carrancas, em Minas Gerais.
Na região mineira, a equipe de Alma Gêmea gravou as cenas da despedida de Serena da aldeia, entre outras sequências. As cenas de rio, em que aparece todo o crescimento de Serena, e da gruta na qual a indígena vê as imagens de uma rosa refletida na água, foram realizadas em Bonito (MS).
No Camorim (RJ), a Globo construiu a aldeia indígena numa área total de 6.000m², com 13 ocas. Por lá, gravações contaram com a presença de 80 figurantes. Já em Carrancas (MG), participaram 90 pessoas da equipe e, em um dia de gravação, ainda estiveram presentes 20 figurantes para as cenas.
Em Bonito (MS), foram três dias de gravação, com a participação de 15 figurantes e 70 pessoas da equipe. Por lá, a produção da novela enfrentou um desafio a mais: precisou do apoio de um grupo de rapel para transportar os equipamentos até a Gruta Azul.
Cidade cenográfica de Alma Gêmea impressiona
Para construir a fictícia cidade de Roseiral, a equipe de cenografia da Globo buscou referências em livros que mostram as cidades antigas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além disso, os cenógrafos também visitaram alguns lugares no interior paulista, como Águas de Santa Bárbara e Bernardino de Campos — cidade que o autor Walcyr Carrasco nasceu — e no Paraná, em locais como Castro, Morretes, Antonina e Lapa.
A parte de cenografia já foi descrita por Carrasco desde a sinopse. “Para criarmos a cidade, será feita uma pesquisa. Veremos a cidade de Bernardino de Campos, onde nasci, e que parece estar ainda conservada da forma como era décadas atrás. Veremos também outras cidades na região de Campinas, como Souzas. O importante é que seja uma cidade do interior típica, com pracinha, igreja, coreto, e casas no estilo da imigração espanhola ou italiana”, descreveu o novelista no projeto entregue à Globo na época.
A cidade cenográfica de Roseiral que a Globo ergueu contou com uma área construída de 9.000m², tendo as casas de Rafael (Eduardo Moscovis) e Agnes (Elizabeth Savala), um prédio residencial onde mora Vera (Bia Seidl) e a vila, onde fica a pensão. A cidade possui igreja, a loja de flores, farmácia, estação de trem, barbearia, mercearia, prefeitura, cinema, sorveteria, consultório médico e sapateiro. Alguns ambientes, como a sorveteria, a loja de flores e a igreja, têm interior.
Já a estufa de rosas de Rafael, que também está na cidade cenográfica, tem apenas a parte externa, sendo seu interior todo gravado em estúdio. A novela ainda possui outras duas frentes e um detalhe curioso: o sítio de Crispim (Emilio Orciollo Netto) fica atrás da casa do Rafael. Já as cenas no clube, foram gravadas em uma locação externa no Rio de Janeiro.