A tão esperada chegada de Odete Roitman (Debora Bloch) no remake de Vale Tudo promete virar o jogo logo de cara, mostrando todo o lado frio e impiedoso da vilã. Acostumada com o luxo e a elegância de Paris, Odete mal vai pisar no Brasil e já vai se deparar com situações pra lá de constrangedoras dentro da própria família, o que a fará se arrepender de ter voltado.
Já na primeira noite no país, Odete será alvo de um dos maiores vexames possíveis: Heleninha (Paolla Oliveira) aparecerá completamente bêbada em um jantar de família. Num surto, Heleninha vai derrubar uma garrafa de uísque e gritar, deixando escancarada sua fragilidade diante da mãe.
Afonso (Humberto Carrão), Celina (Malu Galli) e Eugênio (Luis Salem) vão se desesperar tentando conter a mulher e levá-la para o quarto. Só que a moça vai resistir com todas as forças, berrando: “Tira a mão de cima de mim, sai de cima de mim! Que mania de querer que eu vá pro quarto… Eu estou ótima!”, enquanto se serve de mais bebida e provoca Odete.
Tentando não perder a pose em meio à confusão, Odete vai recorrer à sua tradicional frieza. Mesmo com Celina tentando justificar que Heleninha vinha melhorando antes da mãe voltar, Odete não vai aliviar: deixará transparecer todo o desprezo e a decepção. “Eu só vim pro Brasil porque você me garantiu que a Heleninha não estava bebendo. Que coisa mais deprimente esta cena. Eu contava com tudo, menos com isso. Mas a Heleninha não falha, não é? Sempre decepciona!”, disparará a vilã.
Sem muito tempo para se recuperar do escândalo, Odete ainda vai encarar mais uma situação indigesta: a visita surpresa do neto, Tiago (Pedro Waddington), no hotel onde estará hospedada. Irritada, ela vai repreender o rapaz pela falta de etiqueta: “E não se usa mais marcar o encontro, meu bem? É um hábito muito civilizado, que você deve praticar no seu dia a dia”, alfinetará.
Pra piorar o mau humor da empresária, a visita inesperada vai obrigá-la a despachar às pressas o amante com quem estava no quarto. A sós com Tiago, Odete vai continuar seu festival de alfinetadas: “Quanto de educação você perdeu desde a última vez que eu estive aqui, querido?”, soltará ela.
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As cenas também vão deixar ainda mais claro o desprezo profundo que Odete sente pelo Brasil. Sem papas na língua, ela vai reclamar: “Eu achei que alguma coisa tivesse mudado nesse país! Mas é só botar os pés no Galeão que você já começa a sentir esse calor horroroso. A ver aquela gente horrível no caminho, uma gente feia, parada, esperando uns ônibus caquéticos.”
