O fim de um casamento extenso e longo marcou a carreira de Tássia Camargo. Há algumas décadas atrás quem pensava em Globo, pensava em uma lista de grandes estrelas as quais, dentre elas, estava a atriz.
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Ela saiu numa época de grande ofensiva da Record para lançar um padrão de teledramaturgia semelhante ao utilizado pela emissora carioca. Não se compara a situação atual, onde os bispos esperam primeiro os atores deixarem a concorrente.
Assediada pela ascensão repentina da Record, Tássia encerrou na Globo um ciclo de 25 anos. Não são 25 dias, nem 25 meses. Foi um tempo extenso, o qual lhe rendeu um boicote que até hoje não se encerrou. Mesmo que discretamente, a emissora carioca deixou Tássia Camargo numa lista de nomes que não poderiam voltar ao ar por ter “traído” a Globo ao ir para a sua inimiga número 1.
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Mas a vida da artista seguiu, mesmo diante das inconformidades. Depois do trabalho feito para a Record, esteve em um sumiço que se interrompeu após a TV portuguesa convidá-la para um projeto.
Desde então, quem a acompanhava pelas redes sociais teve que acompanhar as demonstrações de saudades da filha que a atriz perdeu. A morte por rubéola da criança aconteceu no início dos anos 90.
“Sei que tenho muita saudade e determino, todos os dias que, quando eu for, serei recebida por ela e pelo meu pai que morreu em 1994. Hoje, como em 1996, uma a tristeza toma conta de mim”, desabafou Tássia, que atualmente está no ar na reprise de O Cravo e a Rosa.
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Em 2019, teve que ser internada após sofrer um infarto. Apesar das chances da falta de convites ser um boicote, em entrevista ao jornal Extra, a atriz descartou a possibilidade de lamentar isto: “Minha vida está estabilizada. Posso fazer o que eu quero e nunca deixei de atuar”.
Sobre as diferenças entre a realidade encontrada em Portugal e a atual política de cortes de gastos da Globo, dispensando veteranos e priorizando novatos, ela opinou: “A diferença é que na TV daqui de Portugal as pessoas ainda não são números e, sim, pessoas, todas com nome e sobrenome”.