Costumada a publicar informações com inverdades através de seu perfil numa rede social, inclusive autuada por ações judiciais movidas por figuras públicas que se sentiram ofendidas por difundir fake news, a atriz Regina Duarte foi alvo de uma das maiores mentiras publicadas pela imprensa.
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Da mesma maneira que hoje em dia existem os caça-cliques, famosos sites especializados em criar informações deturpadas com títulos sensacionalistas, antes da internet existir isto era função das revistas sobre fofoca e TV.
O que aconteceu foi apenas uma mudança de endereço deste segmento que lucra em cima de mentiras: saíram do impresso e foram para o digital. Porém, este caso específico fez com que este veículo superasse todos os limites éticos no que se refere a publicar fake news (que só passou a receber este nome há alguns anos).
A manchete viralizou nos últimos dias por meio do Twitter. Fãs procuravam capas de revista sobre a primeira versão de Pantanal, quando encontraram o título de uma matéria que ilustrava a revista Amiga TV Tudo.
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Na notícia, estava escrito: “Um tiro no estúdio – Regina Duarte tenta matar Tony Ramos”. A notícia se referia a uma cena de Rainha da Sucata (1990), em que os atores contracenavam vivendo um par romântico.
Na cena, a personagem Maria do Carmo, interpretada por Regina, cometeu um ato que quase pôs fim a vida de seu amado. Maria disparou uma arma e o tiro acabou acertando Eduardo (Tony Ramos). O rapaz cai nos braços de Laurinha (Glória Menezes).
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O episódio dramático rendeu altos índices de audiência na época. Vale lembrar que a novela, escrita por Silvio de Abreu, foi uma das maiores audiências da história das novelas e, claramente, a ideia da mentira era lucrar em cima da alta repercussão da trama.
Por pouco, a história não destruiu a reputação de Regina Duarte, que foi colocada nominalmente como a executora de um crime em uma notícia que se aproveitou negativamente da confusão de sentidos entre a ficção e a realidade.
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Trata-se de uma das manchetes mais mentirosas já publicadas, as quais hoje são representadas pelas fake news e que, lamentavelmente, são apoiadas por alguns segmentos da classe artística e política em nosso país.