Os filhos de Janete Clair, autora de O Astro que ganhou remake em 2011, foram para a Justiça processar a Globo por conta dos direitos autorais da obra. Guilherme, Denise e Alfredo Dias Gomes, herdeiros da autora, tinham um acordo com a emissora carioca em que, a cada três meses, deveriam ser avisados sobre o destino das obras de sua mãe.
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Entretanto, eles entenderam que a Globo descumpriu o acordo quando esteve lucrando com O Astro e não os informou sobre o paradeiro do remake, com vendas internacionais e licenciamentos. As informações são do colunista Gabriel Vaquer, que adiantou um acordo entre as partes, apaziguando a guerra.
A partir de agora, a Globo se comprometeu em avisar melhor sobre o paradeiro das obras de Janete Clair, bem como, irá disponibilizar 5% dos valores correspondentes aos direitos de todas as novelas da autora que chegarem a ser exibidas. Assim como este caso, há outras novelas que também deram dores de cabeça pela quantidade de problemas. Confira o ranking:
Laços de Família
O Ministério Público e a Vara da Infância e Juventude viraram uma pedra no sapato de Manoel Carlos. O autor foi forçado a modificar às pressas os capítulos de Laços de Família (2000), porque as autoridades entenderam que a novela tinha cenas muito picantes para que crianças estivessem no elenco.
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Portanto, todos os menores de idade foram obrigados a saírem de cena e a situação virou notícia no Jornal Nacional. A Globo confrontou as autoridades e não concordou com o impedimento. O enfrentamento deu certo e, após recorrer contra o caso, conseguiu reverter a decisão.
O Sétimo Guardião
Famoso por sua escola de roteiristas, Aguinaldo Silva se viu encurralado por um grupo de ex-alunos do autor alegando serem os reais autores da novela. No meio da guerra, estava a Globo e o jogo de cintura foi evidente porque todo o climão aconteceu enquanto a novela ainda estava no ar (e com péssima audiência, diga-se de passagem).
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Foram cerca de 25 pessoas que fizeram esta contestação sobre O Sétimo Guardião. Para evitar maiores constrangimentos, a Globo resolveu colocar todos os nomes nos créditos da novela, os intitulando como coautores.
A Força do Querer
Retratando a história real de Bibi Perigosa, a Globo teve que justificar nos tribunais o valor da remuneração para a mulher que serviu de inspiração a Glória Perez. Bibi discordou dos direitos pagos a ela, que tentou impedir a reprise de A Força do Querer durante a pandemia na faixa das nove. A Globo levou a melhor e Fabiana Escobar, a Bibi Perigosa, teve de se contentar com os valores que recebia.
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A Lua Me Disse
Até hoje, a Globo tenta apagar a existência de A Lua Me Disse (2005) por conta da quantidade de controvérsias. A novela foi alvo de ação judicial impetrada pelo Ministério Público, onde entendeu que haviam estereótipos racistas sobre a comunidade indígena.
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A personagem Índia, interpretada pela atriz Bumba, era vítima de constrangimentos que, segundo o MP, reforçavam um estereótipo negativo sobre a comunidade. Além disto, as personagens Latoya (Zezeh Barbosa) e Whitney (Mary Sheila) foram detonadas pela comunidade negra, porque ambas interpretavam negras que não aceitavam sua própria cor.
Segundo Sol
Criada para tentar trazer as atenções dos baianos para a Globo, Segundo Sol fez o efeito inverso. O problema principal estava no fato de que a novela era sobre um estado brasileiro com predominância negra, mas que a maioria do elenco era branco.
O Ministério Público entrou em ação, procurando justificativas sobre o fato controverso gerado pela emissora e, ainda, recomendando as formas em que a Globo deveria promover representatividade racial em suas produções.