Não é possível saber quando, mas existem dias em nossas vidas que são definitivos e podem nos transformar completamente. Foi o que aconteceu quando uma atriz deixou de lado sua carreira consagrada para cometer um ato que ninguém esperava.
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Afinal, estamos falando de um nome que começou a trilhar sua carreira quando tinha apenas 12 anos. Nascida nos Estados Unidos, ela chegou jovem ao Brasil e compartilhava com seus pais um desejo que não escondia de ninguém.
O sonho de ser atriz a motivava intensamente e foi neste sentido que este desejo começou a ser trilhado aos poucos, quando começou a cursar Artes Cênicas. As portas começam a se abrir quando acontece a mudança dela de Brasília para o Rio de Janeiro, aos 14 anos.
Então, chega a oportunidade de estrear na Globo no elenco da primeira versão de Sítio do Picapau Amarelo (1970). Cerca de 10 anos depois e mais adulta, madura e segura de si, surge um convite para estrear na primeira novela.
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Estamos falando de Desirée Maria Vignolli Hoagland, a Leninha de Jogo da Vida (1981). Também, em seu currículo houveram outros trabalhos relevantes. Podemos destacar o caso de Que Rei Sou Eu? (1989), o papel mais conhecido feito pela atriz.
No entanto, após o fim da participação em O Mapa da Mina (1993), os convites começaram a ficar escassos. Nem mesmo o fato de ser casada com o ator Luis Gustavo lhe ajudou a ter contatos em meados da Globo que pudessem abrir as portas.
Em 1998, veio uma esperança. Mas os executivos da emissora carioca voltaram atrás e dispensaram Desirée, que entrou em desespero e ao se ver desempregada. Num ato extremo, ela foi presa em 1999 acusada de furtar a bolsa de uma colega da academia.
Para a revista Istoé, a atriz declarou na época: “Nem gosto de lembrar”. “Agi no desespero de não ter o que dar para meus filhos […] Se eu pudesse voltar um dia na minha vida pode ter certeza de que não faria isso de novo”.
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Depois do episódio triste, as portas se fecharam para Desirée Maria. A atriz nunca mais conseguiu pisar os pés na Globo e, depois do ocorrido, só conseguiu uma participação numa novela fracassada e de baixo orçamento da Record, Vidas Cruzadas (2000).
Em 2012, durante entrevista para o jornal Extra, a atriz diz que o roubo fez com que as pessoas criassem um estigma sobre ela: “[…] as pessoas só gostam de lembrar um momento de desespero que eu tive”.
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No ano de 2018, foi noticiada a morte de Desirée. A mãe da ex-global, Dona Dercy, procurou pela filha e a encontrou sem vida. Ela faleceu vítima de um infarto, sem conseguir realizar o sonho de voltar às telinhas.