
O tamanho sucesso de Avenida Brasil, que parou o país com seu desfecho em 2012, impactou até mesmo na agenda da então presidente da República Dilma Rousseff (PT). Naquela ocasião, ela chegou a desmascarar um compromisso político por causa do último capítulo da novela das nove da Globo.
Na noite de 19 de outubro de 2012, a saga de Carminha (Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella) chegou ao fim. O último capítulo de Avenida Brasil movimentou todo o país e deixou até mesmos as ruas de várias cidades desertas.
Com cerca de 70 minutos de duração, o final do folhetim de João Emanuel Carneiro foi a maior audiência da TV naquele dia e ultrapassou a marca dos 50 pontos. Todos estavam curiosos para saber quem matou Max (Marcello Novaes), além do destino de Nina e Carminha.
Final de Avenida Brasil fez Dilma mudar a agenda
Todas as atenções estavam voltadas para o capítulo final de Avenida Brasil naquele dia, sendo o principal destaque. Sabendo disso, a então presidente Dilma Rousseff resolveu adiar um compromisso que teria em São Paulo, onde marcaria presença em um comício da campanha de Fernando Haddad (PT) para prefeito da capital paulista.
Na ocasião, a direção do PT decidiu que seria melhor adiar o evento para o dia seguinte. O receio era de que o comício ficasse esvaziado por conta do final da novela das nove. A própria Dilma, inclusive, assistia a trama, de acordo com a assessoria dela.
Medo de apagão
Além disso, o último capítulo de Avenida Brasil também causou preocupação em certas áreas do Governo na época. Isso porque, o ONS (Operador Nacional do Sistema) temeu que houvesse um apagão no país por conta de um efeito com o nome de “rampa de carga”.
Isso ocorre depois do término de atrações de grande audiência. Quando o evento termina, as pessoas vão realizar outras atividades que haviam deixado de lado e acabam aumentando rapidamente o consumo de energia em muitas casas ao mesmo tempo.
Com isso, pode haver uma demanda por energia bem maior do que está sendo fornecido, o que gera um apagão. Para evitar isso naquele dia, o ONS se preveniu e mandou as operadoras do sistema gerarem folga de energia para que a operação das linhas de transmissão trabalhasse com capacidade ociosa. No fim, tudo deu certo.