Todo o glamour e luxo utilizado no investimento milionário feito para ir ao ar esta novela foi resultado de muito esforço. A exibição ocorreu em 1989, no meio da primeira eleição presidencial do Brasil pós-ditatorial.
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Era um momento novo, de muitos anseios e a esperança de que o país superasse completamente os momentos sombrios vividos pelo regime que dizimou a liberdade e acabou sendo um episódio de nossa história o qual muitos desejam esquecer.
Esta novela aconteceu num momento considerado oportuno. Foi quando a Globo achou conveniente exibir uma história, considerada ácida e cheia de críticas, num contexto pouco imaginável para o caso de uma novela em exibição numa ditadura.
Que Rei Sou Eu? esteve sendo rejeitada não apenas por uma, mas por duas ocasiões. Cassiano Gabus Mendes não teve a mesma ousadia que Benedito Ruy Barbosa, que ao receber um “não” para lançar Pantanal a entregou de bandeja para a concorrente número 1 da Globo e teve um resultado surpreendente.
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O autor resolveu esperar e confiar na palavra de Boni, o todo poderoso da Globo. Ele sempre quis um momento conveniente para o lançamento de Que Rei Sou Eu?. Quando finalmente isto aconteceu, quase veio o terceiro veto.
Vale lembrar que o primeiro veto ocorreu em 1977 e o segundo, em 1983. No último veto em 1989, Gabus Mendes bateu o pé e fez de tudo para que não acontecesse. Boni justificou que a novela poderia não ir a frente pela forma com que o merchandising aconteceria em inserções dentro da novela.
Na mesma hora, o autor lhe ofereceu uma solução. Esse merchan aconteceria, com a condição de que os personagens sonhassem com a existência dos produtos anunciados num futuro. E assim foi feito.
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Que Rei Sou Eu? será o próximo lançamento do Globoplay. Será o retorno após 33 anos de sua exibição, que contou com uma única reprise na Globo em edição especial em 1989 e, em 2012, uma exibição pela TV paga no canal Viva.