Tem coisas que é impossível passar uma borracha e apagar, como se fosse um manuscrito feito por um lápis ou algo do tipo. No entanto, mesmo assim, tem algumas pessoas que fazem o possível para que certas situações sumam de suas vidas. É o caso desta atriz de Cara e Coragem, que decidiu ignorar seu próprio passado na Record.
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Há quem diga que isto significa ingratidão, assim como também tem quem acredite que isto seja resultado de muito desgosto e frustração com o trabalho. Seja qual for o motivo, causou uma grande estranheza o fato dela ter feito de conta que nunca esteve na emissora dos bispos.
Por mais de uma ocasião, Paolla Oliveira relembrou seus primórdios e fez de conta que a Record jamais tinha feito parte de sua história. Aos que não sabem, ela foi uma das estrelas principais de Metamorphoses (2004).
A primeira novela de Paolla foi justamente na emissora que ela faz de conta nunca ter sido seu local de trabalho. No entanto, atribui o título de sua primeira novela à Belíssima (2005). Em 2018, durante uma publicação nas redes sociais sobre a reapresentação da novela nas tardes da Globo, Paolla surpreendeu com a atitude.
A estrela de Cara e Coragem, a atual novela das sete, disse claramente que seu primeiro trabalho seria reprisado, se referindo a novela da Globo. “Que orgulho eu tenho de, 13 anos depois, falar da minha primeira novela. Ter sido escolhida pelas mãos de Silvio de Abreu e Denise Saraceni para estar entre essas grandes estrelas foi um verdadeiro presente, que eu cuido todo dia com muito carinho. Vale A Pena Ver De Novo mesmo!!!“, escreveu, na ocasião.
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Questionada nos comentários de sua publicação sobre a falta de ética em ignorar sua passagem pela Record, Paolla Oliveira não respondeu a nenhuma das críticas e fez de conta que nada estava acontecendo.
Em 2021, Paolla Oliveira voltou a chocar com a atitude durante uma entrevista para o Conversa com Bial. Provocada por Pedro Bial para descrever cada passo de sua carreira, a estrela de Cara e Coragem ignorou novamente o seu passado.
Estreia de Paolla Oliveira em novela-bomba
Talvez, a explicação para Paolla Oliveira renegar sua passagem pela Record é o fato de sua estreia ter sido justamente em uma novela-bomba. Depois de passar um grande vexame com a novela Roda da Vida (2001), a Record resolveu ficar de molho por três anos. Voltou com Metamorphoses e, supostamente, ouvindo todos os conselhos que teria recebido, para investir melhor em sua dramaturgia.
Para isto, investiu 30 milhões para colocar a novela no ar e, segundo informações do jornal O Globo na época, queria se consolidar na vice-liderança. Tudo estava dando a entender que seria um fracasso, mas como a esperança da Record era a última que morria, continuou-se acreditando que tudo daria certo.
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Antecedendo a novela, foi exibido um dramalhão colombiano para servir como “sala de espera”. Além de tudo, a novela revolucionou e teve estreia em um domingo, algo considerado inédito. Mas como nem tudo que reluz é ouro, foi nessa lógica que Metamorphoses foi para o nimbo. Todo o anúncio feito em torno da novela não se comprovou quando ela foi ao ar.
Laura Mattos, que escrevia para o jornal Folha de S. Paulo, criticou a novela: “Tudo tem jeito de completa piração da TV comandada pela Igreja Universal do Reino de Deus e seu bispo Edir Macedo, a Record [está] a fim de tentar atrair os holofotes e roubar um pedaço da audiência da Globo“. Por parte do público telespectador, o resultado veio na audiência: a Record chegou em seu momento mais crítico a perder para a RedeTV!, marcando 0.7 pontos.