Uma das experiências mais bem afortunadas que a Globo já teve na faixa das seis, O Cravo e a Rosa (2000) tem um bom histórico na emissora. Tanto é que, por conta disso, estreará uma mudança drástica na programação.
A emissora carioca quebrará mais uma vez a organização tradicional de sua grade de programação e tentará reverter os déficits de audiência que vem tendo em diversas praças.
Em São Paulo, por exemplo, há anos a Record vem se consolidando na liderança, mais especificamente por volta do horário do almoço. A chegada desta nova faixa de reprises tenta fortalecer a audiência e O Cravo e a Rosa pode causar uma briga das grandes.
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Nos bastidores desta novela, houveram alguns burburinhos que não são muito comentados ou que alguns não estão lembrados. Fomos nos arquivos e listamos estas polêmicas por trás das câmeras. Confira:
Inspiração ou plágio?
A frase famosa de Chacrinha virou a regra na TV brasileira. Nada se cria, tudo se copia. Walcyr costumeiramente faz isto em suas novelas, sob o argumento de se “inspirar”. Com O Cravo e a Rosa não foi diferente e a novela foi cheia de inspirações. Até mesmo o nome dos personagens chegam a ser os mesmos. Em meio a estas inspirações, a que mais se assemelha é a novela O Machão, exibida pela Tupi em 1975.
Para exemplificar, a protagonista de O Cravo e a Rosa chega a ter o mesmo nome que a personagem principal da novela do passado. Questionado sobre o assunto na coletiva de imprensa da trama, Walcyr tentou se justificar: “Eu atualizei o cerne da novela, colocando uma Catarina mais simpática em seus ideais, com os quais muitas telespectadoras vão se identificar”.
Eduardo Moscovis não queria ser protagonista
Durante uma entrevista em 2010, o ator Eduardo Moscovis revelou que ficou um pouco resistente antes de aceitar o convite para viver o Petruchio, personagem que protagoniza a novela junto com Catarina (Adriana Esteves).
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Ele tinha certeza que Petruchio era muito parecido com o taxista Carlão, de Pecado Capital que ele tinha feito anteriormente a O Cravo e a Rosa. Foi o diretor Walter Avancini que o convenceu a ficar com o papel.
Diretor morreu após a novela
O final dos anos 90 foi um turbilhão de emoções para Walter Avancini. Grande diretor da teledramaturgia, ele era um dos maiores nomes da Manchete e viu todo aquele legado ser destruído com a falência da emissora que foi sua segunda casa por muitos anos. Também neste período, ele descobriu um câncer de próstata.
O diretor não desistiu em momento nenhum de viver e seguiu com os tratamentos, mesmo diante das complicações de saúde. Avancini retornou para a Globo em 2000 e, junto com ele, veio Walcyr Carrasco. O Cravo e a Rosa foi a última novela que o diretor conseguiu concluir. No mesmo ano do fim da trama das seis, ele iniciou os trabalhos de outra para o mesmo horário: A Padroeira. Três meses depois do início da novela, ele faleceu.
Romance que virou boataria
Nas capas dos jornais sobre celebridade e, numa época ainda conservadora e tradicional, um romance entre dois atores da novela O Cravo e a Rosa rendeu muitas fofocas. Era o caso de Carlos Vereza e Rejane Arruda.
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A diferença de idade entre Vereza e Arruda é de 32 anos e, quando a novela estava no ar, ele tinha 60 anos e ela, 26. Eles, respectivamente, interpretam Joaquim e Maria Quitéria.
Arruda, que é irmã de Carolina Kasting, comentou sobre o romance em declaração dada para a revista IstoÉ em 07 de julho de 2000. “Quando o amor bate, não existe nenhuma preocupação com idade, cor ou sexo”, disse Rejane. Atualmente, os dois não estão mais juntos.