Na novela Salve-se Quem Puder, que está chegando em seu último capítulo na noite desta sexta-feira (16) na Globo, um personagem em específico chamou muito a atenção: Rafael (Bruno Ferrari). O rapaz era o noivo de Kyra (Vitória Strada) antes de ela ‘morrer’ para a sociedade ao ser amparada por um Programa de Proteção às Testemunhas. Surpreendeu muita gente a mania de limpeza excessiva do personagem, que era vista como um problema.
Esse comportamento de Rafael foi apresentado ao público pouco antes de a pandemia de Coronavírus explodir no país, junto com as sugestões de distanciamento social e higiene para combater o vírus, o que inclui uso de máscaras e muito álcool em gel. Por causa disso, o autor Daniel Ortiz foi visto como um vidente.
Em podcast sobre o folhetim, o autor revelou que tudo não passou de uma coincidência, embora o Coronavírus tenha surgido no fim de 2019. Apesar desse detalhe, o vírus ainda não era tema recorrente no Brasil, e a novela foi escrita antes de 2019, o ano em que a trama das 19h começou a ser produzida pela Globo.
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“Esta característica dele [Rafael] ficou ainda mais acentuada quando Kyra foi dada como morta. A cena em que ele pede para os funcionários usarem máscaras e luvas foi ao ar duas semanas antes do lockdown. E a sinopse, eu escrevi antes de 2019”, revelou Daniel Ortiz sobre a infeliz coincidência com a ralidade.
Na trama, Alexia (Deborah Secco) fez até Kyra virar fantasma para resolver o problema do chefe, que hoje em dia seria nada mais que uma obrigação. “Acabou sendo uma coincidência. Hoje, isso já não é mais visto como mania ou excentricidade, não é mesmo? É nossa realidade para nos proteger do vírus”, disse Ortiz.