
A Globo vem enfrentando o maior problemão com a confusão entre Cauã Reymond e Bella Campos nos bastidores de Vale Tudo. A emissora, no entanto, já enfrentou problemas semelhantes no passado, quando precisou até destruir um remake por causa de uma briga entre atores que formavam casal na trama.
Além disso, a Globo também já precisou tirar uma protagonista de novela por conta de briga de atores, mas dessa vez de um casal da vida real: Vera Fischer e Felipe Camargo. Confira a seguir outros casos envolvendo as novelas do canal.
Despedida de Solteiro
Em Despedida de Solteiro (1992), Paulo Gorgulho e Lúcia Veríssimo formavam o casal Pedro e Flávia. Apesar de serem um casal na ficção — e que fez sucesso na época –, os dois não se falavam quando as câmeras desligavam.
“A gente teve algumas divergências e nossos santos não cruzaram desde o início da novela, mas as pessoas de casa amavam o casal. Eu não falo com ele nem cumprimento”, revelou a atriz em uma live com o jornalista Luciano Santiago, em 2021.
Pátria Minha
A Globo, no entanto, teve problemas maiores dois anos depois, em Pátria Minha (1994). Naquela época, Vera Fischer e Felipe Camargo eram casados e também faziam parte do elenco da novela. Bastou o casal entrar em crise na vida pessoal para transformar os bastidores do folhetim de Gilberto Braga num caos.
Por conta das brigas do casal de atores, os problemas eram constantes, provocando atrasos — e até ausência — nas gravações da novela e atores insatisfeitos. Tarcísio Meira, que contracenava com Vera, por exemplo, chegou a dizer na época que só saia de casa quando avisavam que ela havia chegado aos estúdios.
Como Vera interpretava Lídia, protagonizando a história ao lado de Tarcísio, a trama começou a desandar por causa dos problemas nos bastidores. O autor Gilberto Braga, então, expulsou os dois do elenco de Pátria Minha no meio da novela. Para justificar a saída, os personagens dos dois morreram num incêndio.
A Próxima Vítima
Quem também não se dava bem nos bastidores eram os atores Cláudia Ohana e José Wilker. Os dois formaram um casal em A Próxima Vítima (1995), quando interpretaram Isabela e Marcelo. No entanto, atrás das câmeras eles não se falavam.
“Contracenar com o Wilker… Ele foi um dos pares românticos mais incríveis. E olha que a gente não se amava, não se dava bem e tal. Não era uma pessoa amiga minha. Mas em cena… Era de uma intimidade, de uma inteligência, era muito incrível”, contou a atriz em entrevista ao Conversa com Bial, em 2023.
Pecado Capital
Um dos grandes problemas da Globo aconteceu em Pecado Capital (1995), que viveu uma situação bem parecida com o remake de Vale Tudo. Naquela ocasião, a emissora decidiu produzir uma nova versão da obra de Janete Clair.
No entanto, tudo desandou quando Carolina Ferraz e Francisco Cuoco, os intérpretes dos protagonistas Lucinha e Salviano, se desentenderam nos bastidores e se recusaram a contracenar juntos. Na época, rumores apontaram que Carolina teria dito que tinha nojo de Cuoco. Já o ator afirmou que Carolina era “intratável” e que a novela foi um pesadelo.
Responsável pela adaptação, a autora Gloria Perez ficou traumatizada com os problemas e decidiu que nunca mais aceitaria escrever um remake. “O que tinha ficado na memória afetiva do público era o romance entre Salviano e Lucinha. As pessoas vieram com uma expectativa para ver o casal de novo e comparar. Elas querem reencontrar o que era importante ali, o que elas amaram ali”, declarou ela em entrevista ao programa Sem Censura, na última sexta-feira (25).
Na época, a novelista precisou criar uma nova personagem, interpretada por Vera Fischer, para contornar a situação. “No início da gravação, o meu Salviano brigou com a minha Lucinha. Se recusaram a beijar, a olhar, a fazer cena de amor. Eu fiz um Romeu e Julieta sem Romeu e Julieta. Não considero um remake, porque ficou pouca Janete ali. Tive que sair inventando coisas. Não fiz a ela a homenagem que eu queria fazer”, lamentou a escritora. “Por isso, não quero mais fazer remake. Prefiro me inspirar em uma história”, concluiu.