Fazendo pela primeira vez uma novela na Globo, o ator Paulo Miklos confessou em entrevista que gostou muito de dar vida a Jurandir na trama que se encerra nesta semana.
Entre outras coisas, ele, que também é cantor, comentou o romance que o seu personagem teve com Milu (Zezé Polessa): “O fato de serem duas pessoas que redescobriram o amor na fase madura da vida fez com que muita gente se identificasse”.
Para compor o personagem, ele revela que se inspirou na própria mãe: “A minha mãe era assim como o Jurandir. Carregava o terço e tinha uma reza muito forte. Quando fazia um pedido, geralmente ele se concretizava”.
Miklos se diz preocupado com o crescimento desse tipo de comportamento, em que os outros tentam controlar a vida particular alheia, assim como o seu personagem fazia no início da novela: “O estado é laico. Devemos respeitar a crença de todos igualmente. Vivemos numa democracia e a liberdade religiosa é um dos fundamentos”.
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E comentou a alegria de fazer uma novela: “O que mais me chamou a atenção foi a intensidade das relações entre as pessoas. É muito gostoso esse clima. Um dos meus momentos favoritos é bater papo entre uma cena e outra. Às vezes, não acredito que estou no meio da tarde conversando com o Tony Ramos, um dos meus ídolos”.
E aos 60 anos, ele conta que finalmente amadureceu: “Brinco que tive a adolescência mais longa de que se tem notícia. Mas agora me sinto amadurecido, mais ligado à família. No entanto, aquela chama pela vida continua mais ativa do que nunca”. Com informações do jornal O Globo.
AVALIANDO JURANDIR:
Ao Uol, Miklos contou sobre o personagem, nos primeiros meses da novela: “Ele é um viúvo muito religioso, que cria a filha sozinho há anos. Essa responsabilidade o transformou em uma pessoa rígida, sisudo e bastante severo com a filha. O desejo dele é que Elisa, interpretada pela Giullia Buscacio, siga o caminho da igreja”. No entanto, a jovem acabará se envolvendo com Maltoni, que toca diariamente o sino da igreja e sofre de sonambulismo, que o faz andar pelado pela cidade de madrugada.
E deu mais detalhes: “Ele é a favor dos bons costumes e da moralidade e é um cara bastante careta na sua maneira de enxergar o mundo. Só que vai se apaixonar e aí as coisas mudam e muito”. Sua grande paixão deve ser Milu, a mística da cidade, que é uma das sete guardiãs da fonte.
Miklos ainda relembrou a sua primeira experiência em novelas, Bang Bang, de 2005: “Eu era o Kid Caddilac, um cowboy bem bandido, conhecido por sua mira perfeita na cidade Albuquerque (rs). ‘Bang Bang’ foi uma novela de gênero muito interessante com uma pegada lúdica que possibilitava brincar na composição do personagem”.