Novela de grande sucesso em 1989, Tieta está de volta nas tardes da Globo no lugar de Alma Gêmea, que termina no fim de novembro. Uma das mais lembradas da dramaturgia, a trama tem algumas curiosidades quase secretas.
Com um elenco grandioso, o folhetim conta com nomes como Betty Faria, Joana Fomm, José Mayer, Ary Fontoura, Sebastião Vasconcellos, Reginaldo Faria, entre outros.
Baseada na obra de Jorge Amado, a trama foi escrita por Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn. Tieta entrou no ar originalmente em 14 de agosto de 1989. Com 197 capítulos, chegou ao fim em 30 de março de 1990.
Novela feita às pressas
Quem vê o sucesso de Tieta, nem imagina a maior correria que foi quando a Globo decidiu produzir a novela em cima da hora. Na época, Barriga de Aluguel (1990), de Gloria Perez, estava escalada para substituir O Salvador de Pátria (1989) no horário das oito.
No entanto, tudo mudou após uma nova decisão de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. O então vice-presidente de operações da Globo resolveu transferir Barriga de Aluguel para a faixa das 18h e escalou Tieta para o horário nobre.
Com a ordem do chefão, os profissionais da Globo precisaram correr para deixar a nova novela pronta a tempo da estreia. Um dos diretores do folhetim, Reynaldo Boury (1932-2022) contou ao site Memória Globo que a produção da trama começou apenas 40 dias da estreia.
Autor escondeu tema polêmico
Com vários assuntos espinhosos, a novela ainda tratou da pedofilia, mas de forma meio que “escondida”. Autor do folhetim, Aguinaldo Silva comemorou por ter conseguido abordar um tema tão polêmico na história sem chocar o público em casa.
Em Tieta, a abordagem do tema veio por meio do coronel Artur da Tapitanga, personagem de Ary Fontoura, e suas “rolinhas”. Ele leva as meninas para casa e, além de abrigo, promete alfabetização e comida. Tudo isso em troca de favores sexuais.
Improviso de ator
Outra curiosidade gira em torno do chapéu que José Mayer usou ao interpretar o personagem Osnar em Tieta. O acessório, que se tornou uma das marcas do matuto, foi encontrado pela ator durante as gravações em uma locação da novela em Mangue Seco, na Bahia.
Durante os trabalhos no local, Mayer encontrou um chapéu usado, que pertencia a um morador da região. Ele, então, ganhou o chapéu em troca do modelo que usaria para interpretar Osnar. Segundo o site Memória Globo, a ideia veio do próprio artista.