Devemos deixar claro qual o lugar de cada coisa: a ficção é diferente da realidade. No entanto, em alguns momentos da vida, há semelhanças nítidas entre ambos. Para evitar estes (des)encontros, cabe aos produtores fazerem algumas manobras.
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No caso de uma emissora de TV com a exibição de novelas, estas diferenças são acertadas a partir do momento em que as imagens dos atores são desassociadas de seus personagens com alguns ajustes.
Estes detalhes a serem acertados são cruciais, de modo que possam evitar algumas confusões para o público. Ao escolherem a reprise de Chocolate com Pimenta, muito provavelmente, os executivos globais se esqueceram de uma coincidência delicada.
A partir desta segunda-feira, 26 de setembro, numa mesma tarde os telespectadores vão passar a assistir uma mesma dupla de atores interpretando um casal numa novela e pai e filho em outra novela.
Em A Favorita, Murilo Benício é o pai de Mariana Ximenes. Eles vivem, respectivamente, Dodi e Lara. A novela se encaminha para o final e deve ser encerrada antes do tempo previsto em meados de novembro, devido a baixa audiência registrada.
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Enquanto isto em Chocolate com Pimenta, Ximenes é a Ana Francisca, que vive um relacionamento intenso e cheio de reviravoltas com Danilo. Aparentemente, não houve um cuidado ao promover este encontro.
No mínimo, o que acontecerá com os telespectadores nas próximas semanas é um estranhamento. Veremos se este desconforto impactará na audiência de Chocolate com Pimenta, que retorna substituindo O Cravo e a Rosa.
Vilã de Chocolate com Pimenta, saiba por quê Priscila Fantin está sumida das novelas
Já ouviu falar naqueles talentos relâmpago? Muitas vezes, tem alguns artistas que surgem, fazem um sucesso gigantesco e simplesmente somem. É o caso de Priscila Fantin, um rostinho muito conhecido pelas novelas de Walcyr Carrasco.
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Ela está em alta, uma vez que estará no ar pela TV paga e pela TV aberta. No Canal Viva, atualmente estamos revendo a atriz no papel da mocinha Serena, em Alma Gêmea (2005). A partir desta segunda-feira, 26 de setembro, a veremos também pela TV Globo por conta da reprise de Chocolate com Pimenta (2003), onde fez a vilã Olga.
Fantin ficou conhecida no meio artístico por ser a “queridinha” de Walcyr Carrasco. Isto porque, ele só lhe dava papéis grandiosos. Em Sete Pecados (2007), por exemplo, ela fez uma personagem muito marcante chamada Beatriz.
A questão é que, por quatro ocasiões, a atriz rejeitou convites para participar de novelas. Sempre tratando de justificar a razão de recusar as participações, isto tornou-se uma questão de deselegância para muitos após se tornar algo repetitivo.
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Primeiro, foi em 2006. Manoel Carlos daria a ela uma vilã em pleno horário das nove, mas ela alegou “cansaço”. Pouco tempo depois, abriu uma exceção e esteve em Sete Pecados. Então, iniciou-se um desconforto.
Mesmo assim, a resistência da atriz por fazer novelas perdurou. Foi aí que ela rejeitou convites para outras duas novelas das nove: A Favorita (2008) e Caminho das Índias (2009). Para não fazer desfeita, topou estar em Tempos Modernos (2010).
Mas, como sabemos, a escolha de Fantin deu azar e ela esteve num dos maiores fiascos das novelas das sete. As más línguas disseram que a atriz teria se sentido frustrada com a escolha errônea, o que coincidiu com uma fase difícil.
Ela enfrentou a depressão e foi incompreendida por muitos. Em diversas ocasiões, Priscila Fantin alegou que teve quem dissesse que sua dor era “frescura”: “Ouvi que eu tinha tudo, casa, família, trabalho, condições, amigos e que eu deveria estar com frescura por achar problema em tudo“.
Então, Priscila Fantin alegou ter passado por uma fase onde não estava se sentindo realizada consigo própria: “[…] a gente começa a não ver mais prazer nas coisas, a não sentir. Eu cheguei a um estágio em que estava absolutamente estagnada e não sentia mais nada“.
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Segundo a atriz, a pressão social para que ela estivesse em papéis fazia com que sua situação piorasse: “Era tudo pior porque era reconhecida na rua. Evitava pegar elevador ou sair de casa porque tinha medo de apontarem, de falarem de mim. Comecei a achar que estava com mania de perseguição, que era coisa da minha cabeça“.
Durante entrevista para um podcast, ela alegou que ainda não conseguiu se recuperar totalmente da depressão. No entanto, aprendeu a conviver com a doença. “[…] eu não me curei. Só aprendi a lidar. E tinha muita fuga em bebidas, em pessoas, em amigos… Chamava as pessoas para a minha casa“, disse a queridinha de Walcyr Carrasco.
Um dos autores mais renomados das novelas globais, Walcyr Carrasco parece ter feito parte do grupo de pessoas que endossaram uma incompreensão sobre o estado de saúde de Fantin. Ele a pressionou para um papel em Morde & Assopra (2011), pouco tempo depois que ela começou a se sentir depressiva.
Durante uma entrevista em 2015, ele se explicou: “Fiquei chateado, sim, por termos feito grandes sucessos. Eu a considerava uma parceira”. Ao mesmo tempo, o autor tentou fazer mea-culpa porque sabia que ela não estava bem.
“Não ficou mágoa, apenas não entendi […] E o estranho é que não tinha nenhuma proposta na época, tanto que não fez mais nenhuma outra novela. Só posso entender que estava emocionalmente precisando de um tempo“, declarou Walcyr, na ocasião.
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Em Êta Mundo Bom! (2016), Priscila Fantin e Walcyr reataram. Ele criou a personagem Diana de Oliveira especialmente para a atriz. De lá para cá, a ex-global segue distante dos holofotes e tem se limitado a fazer interações com fãs nas redes sociais.
Sua última aparição em uma novela foi em Haja Coração (2016), durante uma participação especial. Em entrevista a um programa da RedeTV!, ela não descartou voltar às novelas: “Em algum momento vai rolar essa conjuntura, onde isso pode acontecer de novo“.
Ninguem merece, Murilo Benicio por 3