Não tem quem agrade a todos, isto é um fato. Porém, tem alguns casos de novelas que poderiam ter tido ao menos a delicadeza de terem se esforçado. Tanto é que listaremos a seguir àqueles casos que decepcionaram.
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Os finais destas novelas abaixo são considerados um dos mais frustrantes dos últimos tempos. Em alguns dos exemplos, os títulos sequer eram ruins ao longo de suas exibições. No entanto, chegaram ao fim de maneira deplorável.
Acompanhe:
O Sétimo Guardião
Novela responsável pela demissão de Aguinaldo Silva da Globo, O Sétimo Guardião não agradou enquanto estava indo ao ar. Seria estranho se o público mudasse de ideia justo no último capítulo. É claro que não foi o caso, mas o esforço foi imenso.
Tanto é que o autor, na esperança de esboçar alguma reação do público, criou um serial-killer que saia matando os guardiões que protagonizavam a história. No último capítulo, quando esse assassino foi revelado, ficou uma grande interrogação.
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Não tinha mais nada de interessante depois disto, inclusive o casamento e desfecho dos demais personagens. O Sétimo Guardião foi, literalmente, uma má experiência da Globo na faixa das nove.
Passione
Reconhecidamente uma figura polêmica, Silvio de Abreu não digeria as críticas negativas à sua novela. Tanto é que, revoltado com as manchetes dizendo que Passione se tornaria um fiasco, a novela terminou com a revelação de que Totó (Tony Ramos) estava vivíssimo.
E Clara (Mariana Ximenes) jurava de pés juntos que tinha dado fim ao marido. A questão é que, depois de ter sido presa e de todo o drama ter sido exibido na novela, simplesmente ela foge e proporciona ao telespectador uma sequência de ação inspirada nos filmes de Hollywood.
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Mas, eles miraram em Hollywood e acertaram em Os Trapalhões, humorístico consagrado exibido por décadas pela Globo. Assim como Totó, Clara também morre de mentira em meio a fuga, mas ressurge das cinzas. Final bastante criativo, concorda?
Fina Estampa
Neste mesmo clima de falsa morte das novelas brasileiras, o que aconteceu em Fina Estampa e foi reprisado recentemente pela Globo na faixa das nove foi considerado vexatório. Assumindo a veia popularesca da trama, Aguinaldo Silva fez o possível para criar “barrigas” na história.
A expressão se refere a quando o folhetim é enrolado cansativamente para que possa durar e foi o caso de Fina Estampa. Muito provavelmente com dificuldades de desapegar, Aguinaldo cria mais um fim incompreensível e difícil de digerir para uma novela.
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O final de Tereza Cristina (Christiane Torloni) é de fazer vergonha. Ela termina dada como morta, após ficar a deriva no mar e seu barco afundar. Porém, na última cena, ela aparece viva e com sede de vingança. Um final como estes, é bem inédito e nunca antes visto (contém ironia).
Em Família
Se existisse um ranking de finais ruins, certamente quem estaria na primeira posição era Em Família. A novela de 2014 pecou em meio a seu desenrolar, mas conseguiu se sustentar mesmo com dificuldades e rejeição em alta. No entanto, no último capítulo, Laerte (Gabriel Braga Nunes) é assassinado.
Essa morte do personagem acontece por uma personagem que não fazia sentido algum. Fora o fato de que, na pressa para entregar os últimos roteiros, provavelmente alguém deve ter se esquecido de explicar o que Juliana (Vanessa Gerbelli) tinha a ver com a morte de Gorete (Carol Macedo). Foi decepcionante.
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América
Outro caso de decepção foi o que aconteceu com o final de Sol (Deborah Secco) e Tião (Murilo Benício). Após matar o público de cansaço, Gloria Perez ainda foi capaz de fazer com que o casal terminasse do jeito que esteve ao longo de boa parte da novela: separados. Frustração é o que resume um final desses, que acaba invalidando todo o processo criado ao longo da história.
Fica a pergunta: se a novela se sustenta justamente por um casal que vive um amor proibido, que sentido faz eles terminarem da mesma maneira que começaram? Ao telespectador, causa uma impressão de perca de tempo.
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Se fosse uma série com continuações em outras temporadas, a decisão de Perez sobre o fim de América faria sentido. Mas neste caso de Sol e Tião, foi um final muito infeliz. Isto sem contar o desfecho do romance gay entre Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Eron Cordeiro). Eles também tiveram um amor proibido, mas sequer chegaram a se beijar.