Virou até meme da internet, mas a história por trás da música favorita de Zé Leôncio (Marcos Palmeira) em Pantanal tem origens macabras. O assunto, que jamais será repercutido pela Globo e é considerado um tabu nos bastidores, remete a uma espécie de maldição.
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Um artigo do jornalista Daniel Farad reuniu relatos de internautas, alegando sentimento de tristeza e pesar quando a música é transmitida durante os capítulos do remake global.
Este mesmo artigo esclarece que a faixa, gravada pela primeira vez no Brasil em meados da década de 40, remete a uma lenda que existe desde o período colonial, em que os portugueses trouxeram para a cultura brasileira.
Por lá, os cavalos não simbolizam apenas velocidade e transporte, mas também têm ligação com ritos religiosos. Isto é: existe uma corrente que acreditava nos cavalos como algo santo, enquanto outra dizia que os cavalos traziam o espírito da morte.
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O autor relata que as pesquisas históricas apontam os cavalos como pedestais para diversos santos da cultura católica, isto porque os populares costumavam atribuir suas conquistas aos animais. Parte desta noção veio ainda na Idade Média e perdurou por outros séculos.
Também, tem uma outra explicação para este suposto teor amaldiçoado que a música remete: o cristianismo no geral tem uma imagem da Fome, em que o cavaleiro apocalíptico está sob um cavalo preto.
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Fato é que o modão de viola combina completamente com todo o contexto em que Pantanal está inserida. A música é tocada justamente por Trindade (Gabriel Sater), o homem que estaria mancomunado com as forças das profundezas.
A questão é que não se sabe ao certo se a ideia é trazer à tona esta maldição todas as vezes que o Cavalo Preto é reproduzido, ou justamente desmistificar toda a história que existe por trás da canção. Mas, com Trindade no meio da história, fica um pouco difícil de acreditar que eles não querem reforçar a ideia macabra presente na novela.