Tais Araújo ganhou fama nacional ao protagonizar o remake de Xica da Silva, nos anos 90, na TV Manchete. Pouco depois, ela foi para a Globo e estreou em outro sucesso, Anjo Mau, encabeçada por Gloria Pires. Mas hoje a atriz de 41 anos critica o folhetim que a projetou.
“Eu acho que não deletaria (as sequências de nudez). Eu faria as mesmas cenas sem a exposição dos corpos das mulheres. E elas teriam a mesma força, entendeu? A exposição é que é desnecessária. Eu conversaria com todas as atrizes e falaria: “Até onde você pode ir?”, “Até onde você quer ir”, “E aqui acho que não tem necessidade de mostrar esse peito, de mostrar essa nunda… ” E assim a gente vai fazendo a cena”, contou a esposa de Lázaro Ramos.
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Ela seguiu: “A gente pode contar todas as histórias e a gente não precisa expor ninguém. Essa é a grande verdade da vida da dramaturgia. A gente não precisa expor o corpo das mulheres para contar história alguma. Para falar de uma mulher sexy, você não precisa deixar ela pelada, desconfortável. Porque, na verdade você não está mostrando essa mulher sexy”.
Tais Araújo completou: “Você está causando no outro que está vendo outros sentimentos que não dizem respeito a essa mulher, dizem respeito a quem está vendo”, entregou a artista, conversando com o perfil Xica da Silva HD, no Instagram.
A contratada da Globo seguiu com as críticas: “O caso é que nessa época e em outras épocas o corpo da mulher sempre foi usado para ficar exposto, para subir o Ibope, para deixar a mulher exposta e constrangida. Ela foi usada a serviço do outro, um corpo usado a serviço do outro. Isso é muito cruel. Tem que ser revisto mesmo, de maneira muito séria (…) A gente pode contar qualquer história sem expor ninguém”.
Por fim, ela concluiu: “Eu guardo dentro do meu coração todos os momentos e todas as pessoas que passaram pela minha vida. Todas elas (…) E é a personagem da minha vida. Ela é transformadora”.