Líder de audiência, faturamento e muito mais. A Globo está em um patamar considerado por muitos como “inalcançável”. No entanto, há raros casos em que os concorrentes são destemidos o suficiente para deixarem de lado os receios e baterem de frente.
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Inclusive, tem algumas situações em que a concorrência chega ao ponto de pegar aquilo considerado como um “resto” para a Globo. Há produções pelas quais o canal dos Marinho rejeitou e, por ironia do destino, elas fizeram sucesso estrondoso em outras emissoras.
São os exemplos que citaremos a seguir:
Carrossel
Muito antes da versão mexicana de Carrossel desembarcar no SBT (que ainda se chamava TVS), a Globo tinha recebido a oferta de comprar a novela e guardá-la nos arquivos, numa época em que os Marinho estavam consolidando o projeto de hegemonia nacional.
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Então, os potenciais sucessos eram comprados por mera estratégia da Globo para que a concorrência não tivesse esse gostinho. Num deslize, Silvio Santos acabou adquirindo a trama por 100 milhões de cruzeiros e, para a infelicidade dos globais, Carrossel facilmente atingia a liderança com médias de cerca de 30 pontos.
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Pantanal
A Globo tinha Pantanal nas mãos, muito antes dela chegar na Manchete. A novela originalmente se chamava Amor Pantaneiro, chegou a ser cogitada várias vezes e sempre era adiada. Em um certo momento, Benedito Ruy Barbosa se cansou.
Na primeira oportunidade que teve, ofereceu a trama para o canal dos Bloch e a novela simplesmente bombou por lá. Não chegou a tirar a liderança global, mas ameaçava constantemente atingir esta marca.
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Betty, A Feia
Na mesma lógica de Carrossel, Betty, A Feia estava nas mãos da Globo. A emissora carioca comprou apenas para não ter o gostinho de ver a novela fazendo sucesso na concorrência. Para a imprensa, dizia através de seus executivos que queria “fazer uma adaptação da trama”.
Porém, a RedeTV! vivia um auge de investimentos e decidiu tirar a novela da emissora carioca porque sabia de seu potencial. A emissora só conseguiu depois de desembolsar 3 milhões de dólares, o que foi uma aposta ousada. A Globo não resistiu, mas depois se arrependeu ao ver Betty, A Feia fazer um sucesso grandioso na emissora nanica.
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Marcas da Paixão
Até então autora da Globo, Solange Castro Neves havia cogitado fazer por lá uma novela chamada Laços de Família. Ao sair da emissora carioca, ofereceu sinopse e trama completa, com este mesmo título, para a Record.
A emissora dos bispos iniciou a produção e, enquanto isto, a Globo acelerou os passos e pegou o mesmo título para batizar o folhetim de sucesso de Manoel Carlos. Evitando polêmicas, Solange Castro afirmava que o caso era “a maior coincidência de toda a vida”. Também, afirmava que não abandonaria o nome de sua novela. Então, quando foi ao ar, a Record resolveu batizá-la de Marcas da Paixão e teve boa audiência.