Surpreendeu muita gente a notícia de que Jade Picon estará no elenco de Travessia, a próxima novela das 21h da Globo, que substituirá Pantanal. A escalação vem sendo criticada por órgãos que regulam a profissão de atores, como o Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ).
De acordo com o F5, mesmo com tudo conspirando contra, Jade Picon é uma aposta forte de Ricardo Waddington, diretor de entretenimento da Globo que recorreu a uma autorização especial ao sindicato para permitir que a influenciadora atuasse, inclusive doando parte de seu salário.
Ele acredita no carisma de Jade Picon e quer vê-la em destaque, assim como fez com Fernanda Lima em Bang Bang (2006) e Vanessa Giácomo em Cabocla (2004). Ele alegou que a Globo está na legalidade ao contratá-la para uma determinada profissão, um contrato apenas por obra.
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Hugo Gross revelou que a Globo se valeu de um direito de contar com um número específico de profissionais que não sejam da área na trama. “A emissora quis valer esse direito e nós tivemos que dar a autorização. O Ricardo Waddington é um diretor que defende a classe e que sabe tudo de teledramaturgia”.
Para se ter uma ideia do tamanho da aposta e do valor que a Globo vem dando para a contratação de Jade Picon, a emissora concordou em pagar mensalmente uma porcentagem do salário mensal da atriz ao sindicato — o qual será calculado com o salário que ela receberá até o fim do contrato.
A que ponto chega um Sindicato de Classe. Imagino aqueles que passaram por escola de teatro para aperfeiçoar a interpretação. Quem diria Malhação que era tido estágio para novos atores, na Globo, perder o lugar para o BBB!