Após 30 anos do ocorrido com Daniella Perez, o nome de Guilherme de Pádua vem ganhando destaque diante da brutalidade do caso. A mãe da atriz deu diversos detalhes inéditos sobre o que ocorreu no fatídico e lamentável episódio registrado em 1992.
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Gloria Perez não se perdoa até hoje porque mesmo diante da brutalidade do que aconteceu, o ex-ator foi solto e teve a pena extinta, inclusive com a ficha criminal limpa. Ela atribui isto a fragilidade da legislação brasileira, que permite brechas deste tipo.
Então, é como se o assassinato de Daniella fosse apenas mais um elemento a fazer parte da carreira de Guilherme de Pádua. A série documental Pacto Brutal mostra que ele era um homem de muita ambição.
Almejava ser conhecido nacionalmente, a todo custo. Familiares e amigos da vítima alegam que Guilherme teria ficado feliz porque, mesmo preso, teria alcançado a fama que tanto gostaria.
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Muitos atribuem apenas ao papel em De Corpo e Alma o primeiro trabalho do ex-ator, mas é necessário voltar um pouco no tempo. Guilherme de Pádua foi contratado da Globo antes da novela de Daniella Perez, para participar do elenco de Mico Preto (1990).
Na novela de Marcílio Moraes, Euclydes Marinho e Leonor Bassères, Pádua assinou contrato pela primeira vez com a emissora carioca ao contracenar com um dos principais personagens da trama, o Jota (Charles Möeller).
O personagem do assassino de Daniella Perez se chamava Narciso, um amigo de Jota. Porém, a ocasião teria servido de laboratório para que ele fosse cotado a outros papéis. Em 1992, Gloria Perez escreve De Corpo e Alma e cria um personagem feito especialmente para Alexandre Frota.
Na época em questão, Frota estava no auge de sua carreira. Tinha acabado de se destacar em Perigosas Peruas (1992), escrita por Carlos Lombardi, e era considerado um galã teen da geração. Convidado por Perez, Frota acaba esbarrando em um impasse.
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“Eu estava fazendo uma novela das sete, uma novela de muito sucesso. E o Roberto Talma [diretor de De Corpo e Alma] me chama pra fazer o Bira. O [Carlos] Lombardi não me libera da novela das sete pra fazer a novela das oito”, explicou.
Então, restou a Guilherme de Pádua ficar com a vaga para viver o Bira. Hoje, sabemos quais foram as consequências desta escolha. “A escolha dele, a maneira como ele chegou na novela, é uma coisa assim que a gente tem que pensar em destino”, lamenta a mãe de Daniella Perez em um dos trechos de Pacto Brutal.