Em Travessia, Brisa (Lucy Alves) ficou em choque com o resultado de DNA indicando que Tonho (Vicente Alvite) não é seu filho. Apesar de inacreditável, o exame não foi falsificado e a genética da criança é realmente incompatível (em parte) com a da “mãe”. Nesta publicação, explicaremos em detalhes a verdade por trás de toda essa situação. Leia até o final para entender.
No capítulo desta segunda (13), Brisa ouviu do médico que era impossível ela ser mãe biológica de Tonho. “O quê? Eu não sou mãe do menino que eu pari?“, reagiu a maranhense. A princípio, ela acreditará que Ari (Chay Suede) forjou esse resultado. Nem Núbia (Drica Moraes), que não suporta Brisa, vai acreditar nesse exame de DNA. Então, o que aconteceu? Tonho é filho de outra mulher? Não é bem isso. A questão é muito mais complexa do que se imagina.
Como se sabe, Gloria Perez costuma abordar assuntos de relevância social em suas novelas, alguns até polêmicos. Em Travessia isso não tem sido diferente. A autora, por exemplo, já trouxe para o público questões envolvendo “deep fake” e “vício em jogos”. Agora um novo tema importante será abordado na novela das 21h da TV Globo: “quimerismo humano”.
Basicamente, é uma condição genética em que o indivíduo possui dois ou mais tipos diferentes de DNA em seu corpo. Isso acontece geralmente quando a mãe libera dois óvulos de uma vez e estes são fecundados, gerando dois embriões com DNAs distintos. No entanto, por algum motivo, esses embriões (irmãos) acabam se fundindo durante a gestação. Essa união gera um único bebê, mas com tipos diferentes de DNA. Portanto, o mistério sobre a maternidade de Tonho será desvendado quando Brisa descobrir que é “quimera”.
Brisa é, sim, mãe biológica de Tonho
Em entrevista à revista “Marie Claire“, do portal O Globo, a bióloga Susana Joya explicou o que pode ter acontecido no caso de Brisa em Travessia.
“Vamos chamar as células que formaram os ovários dessa mulher de grupo A. O óvulo que deu origem ao filho dela derivou dessas células. Portanto, é esse material genético que a criança vai herdar. Num teste de paternidade, geralmente é coletado saliva ou sangue. Só que, nesse material, as células da pessoa podem ser do grupo B. Quando o cientista comparar a informação genética do filho e da mãe, vai ser incompatível mesmo“, explicou.
Dessa forma, é possível afirmar que as células dos ovários de Brisa são de um grupo genético (que Tonho herdou), enquanto que as da saliva ou do sangue da maranhense são de outro grupo. No exame de Brisa e Tonho, houve a coleta de saliva. Por esse motivo, Brisa é, sim, mãe biológica de Tonho!
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