Faleceu neste domingo, aos 64 anos, vítima de ataque cardíaco, o diretor Jorge Fernando, que também era ator e esteve por trás de grandes sucessos da dramaturgia global desde os anos 80.
Uma das obras mais marcantes de Jorginho, como era conhecido pelos colegas, foi Guerra dos Sexos, de 1983. “Tinha sequências inteiras em homenagens a filmes, festas, acontecimentos. Foi uma novela que marcou uma fase na televisão”, disse Jorge Fernando ao Uol certa vez.
Outros sucessos também tiveram Jorge nos bastidores, como Cambalacho e Braga e Chique, ainda nos anos 80. “Foi uma novela que me proporcionou arriscar muito”, comentou Jorge Fernando sobre esta última.
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Rainha da Sucata, Vamp, A Próxima Vítima e Vira-Lata também estão entre as mais famosas obras do diretor. Sobre a novela dos vampiros, ele contou uma curiosidade: “Eu botei no último volume, os pombos voavam, a Ohana dançando, de repente vejo que está chegando polícia. A música era proibida em todo o território italiano. A gente foi preso por causa dela”.
“Já entro no corredor olhando tudo e todos. São dezenas de cenas para gravar, umas tranquilas, outras nem tantos e algumas de arrancar os cabelos. Adoro gente olhando enquanto eu trabalho, é vitamina, só faz crescer a criatividade. Da técnica aos atores, sou eu que ligo todas as partes, a cena tem que dar o mais certo possível. Acompanho tudo de pertinho e se precisar, eu grito para a produção”, contou Jorge ao Video Show, em 2010, sobre os bastidores da novela Tititi.
JORGE FERNANDO CONCILIADOR:
“Cada ator vem com um tom, tem uma harmonia na equipe. O elenco teve aula de lambada a James Brown, isso criou uma liga bem legal. Novelas são vivas, é um trabalho que não para. Eu sou workaholic”, comentou ele na época em que dirigiu Verão 90, finalizada em abril deste ano.
Jorginho também fez Chocolate com Pimenta, Alma Gêmea, Sete Pecados, Caras e Bocas e Eta Mundo Bom, que seria reprisada nas tardes da Globo ainda este ano, mas perdeu lugar para Avenida Brasil.
