Tem quem acredite que certas discussões são desnecessárias, mas uma coisa é certa: há feridas em diversos movimentos da sociedade e assuntos que merecem uma atenção maior. Não foi o caso da Record, que desconsiderou uma prática racista e a exibiu normalmente numa reprise.
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Ao invés de cortar a sequência em que Lipe (André Di Mauro) aparece fazendo blackface em Chamas da Vida, a emissora dos bispos resolveu ignorar as constantes discussões que condenam a prática e exibiu a cena normalmente na reapresentação da novela.
Mas, esta não é a primeira vez que a Record virou alvo de polêmicas por conta de suas novelas. Listamos cinco casos:
Gênesis
Mais um livro bíblico que se tornou novela na Record, Gênesis teve diversas acusações de controvérsias. Dentre uma delas, a Record foi acusada de fazer apologia ao machismo, uma vez que a trama de Adão e Eva foi colocada de forma que a mulher era a grande vilã e responsável por iniciar o pecado.
A situação dava uma interpretação literal à sentença sobre o fruto proibido, presente no livro bíblico de Gênesis. Atualmente, estudiosos refutam o suposto viés machista da história de Adão e Eva, o que foi ignorado pela Record durante a novela.
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Vitória
Antes de colocar no ar a atual reprise de Chamas da Vida, a Record queria exibir em suas tardes a reapresentação de Vitória. A novela de 2014 chegou a ser cotada para a vaga, mas tinha um núcleo de personagens nazistas. Na produção, eram exibidas algumas cenas em que os personagens apareciam cultuando o movimento nazista, o que é considerado crime no Brasil.
Pecado Mortal
Além de ser mais uma novela em que investiu na abordagem sobre pedofilia (o que aconteceu em Chamas da Vida), Pecado Mortal foi uma novela de sucesso entre gays. A polêmica se iniciou porque uma matéria da colunista Janaina Nunes na época da exibição da trama noticiava que os galãs descamisados faziam o público homossexual dar audiência a Record.
Vidas em Jogo
Outra novela da Record que causou polêmica foi Vidas em Jogo. Cristianne Fridman teve liberdade para fazer o que quisesse no folhetim, já que estavam sendo registrados bons índices de audiência. Como resultado, foi incluído uma personagem transsexual. O problema era que a intérprete desta personagem era uma atriz mulher cis, Denise Del Vecchio.
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Apocalipse
Alvo das constantes intervenções da filha do bispo Edir Macedo, Apocalipse acabou protagonizando um escândalo entre os católicos. A novela descreveu o anticristo, do livro bíblico, como se fosse um papa. A forma em que a narrativa foi colocada desagradou e católicos pediram que a Record fosse boicotada por demonizar a Igreja Católica.