A quantidade de mitos e lendas envolvidas na história de Pantanal são diversas. Inclusive, maior parte delas dão a entender que pessoas se transformam ou invocam entidades, ligadas a animais e criaturas macabras.
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A protagonista se transforma em onça, enquanto tem personagem que parece encarnar o próprio cramulhão. São tantas histórias que, certamente, por estarmos em um país com predominância cristã, a que mais chama atenção é sobre o personagem Trindade (Gabriel Sater).
Segundo constam as lendas, Trindade é um peão mancomunado com as forças das profundezas. Isto tem feito muita gente acreditar que Pantanal é uma novela que traz elementos obscuros e macabros para os lares.
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Sendo verdade ou não, fato é que não foi a primeira vez que a Globo fez isso em suas novelas. Listamos os casos a seguir:
Tieta
Se lembra da música de abertura de Tieta? Existe uma parte da música que diz: “Tieta não foi feita / Da costela de Adão / É mulher diabo / Minha própria tentação”. A ideia é dizer que a própria protagonista é uma figura das profundezas, pois costuma contrariar tudo o que é dito como “normal”.
Tieta é uma mulher que enfrenta a própria família, tem um romance com o sobrinho e é tida como mulher impura, pois não se casou e tampouco seguiu os ritos da família tradicional, já que gosta da independência e de viver as suas paixões. Portanto, ela é o pecado em carne e osso.
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O Bem-Amado
Considerado um dos clássicos da dramaturgia brasileira, O Bem-Amado foi outro caso de novela que fez sucesso com a participação especial do cramulhão. Assim como o Satanás é representado por uma foice e pela morte, existia um matador profissional vivido por Lima Duarte em que se chamava Zeca Diabo.
Em Família
Para fechar o ciclo das “Helenas”, Manoel Carlos criou Em Família e não deu muito certo. A novela demorou para engatar e, como consequência, o autor fazia de tudo para que a audiência acabasse melhorando.
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Foi o caso de uma cena, em que a personagem Shirley (Vivianne Pasmanter) aparece agarrada a sua cobra de estimação e diz que devemos o milagre da vida “à serpente”. Mais uma vez, é feita alusão ao episódio bíblico de Adão e Eva.
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Vamp
Clássico de Antônio Calmon, Vamp foi ao ar em 1991 e naquela época já chocava com a quantidade de referências macabras. Tinha personagem vampiro, padre sendo desafiado por forças inimigas e um vilão que guardava uma maldição após comprar uma alma vendida de uma roqueira.
O pacto diabólico é citado a todo momento por Natasha (Cláudia Ohana), que quer de volta sua vida. Porém, é barrada por Vlad (Ney Latorraca). A história é semelhante às sessões de descarrego espiritual que costumamos ver em igrejas.
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Corpo a Corpo
O universo de Gilberto Braga também contou com um personagem que gostava de reverenciar o coisa ruim. Era o caso do Raul (Flávio Galvão) em Corpo a Corpo (1984). Na novela, ele era um homem comum que encarnava o diabo e costumava atrapalhar a vida da jovem Eloá, personagem de Débora Duarte.