Se algum dia houver oportunidade de estar em Portugal, o brasileiro se sentirá em casa. Isto porque, basta ligar a TV para conferir que as novelas do nosso país fazem sucesso em terras lusitanas.
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Assim como aqui temos um favoritismo por novelas mexicanas, por lá, este mesmo movimento acontece com relação aos folhetins brasileiros. É assim que, por conta das tramas de sucesso, algumas expressões utilizadas por personagens acabaram se popularizando no país.
A seguir, você acompanhará uma lista de 10 exemplos de expressões populares de Portugal que surgiram das novelas brasileiras. Alguns casos até se assemelham com expressões que também foram absorvidas pelos brasileiros. Veja:
“Deite que eu vou lhe usar”
Com a lamentável predominância do machismo, a expressão “Deite que eu vou lhe usar” surgiu no remake de Gabriela em 2012 e foi absorvida por muitos portugueses. Neste caso, há uma coincidência especial: a versão original de Gabriela foi a primeira novela brasileira exibida em Portugal.
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“Vamos deixar os entretantos e partir para os finalmentes”
O boçal Odorico de O Bem-Amado (1973), encarnado pelo eterno Paulo Gracindo (1911-1995), apostava em um vocabulário rico em bordões. Entre estes bordões, a frase “Vamos deixar os entretantos e partir para os finalmentes” ficou marcada na memória dos portugueses até hoje.
“Eu sou chique, bem”
Fenômeno total de audiência da TV em Portugal, Chocolate com Pimenta (2003) também foi um sucesso aqui no Brasil e está sendo atualmente reprisada pela Globo. A novela de época contava com figuras marcantes e, dentre estas, teve Márcia (Drica Moraes) com a expressão “Eu sou chique, bem“, popularizada no vocabulário português.
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“Stop, Salgadinho!”
Esta expressão, diferentemente da maioria dos casos, não se popularizou entre os brasileiros. Entretanto, entre os portugueses, o bordão “Stop, Salgadinho!” dito por Lucineide (Regina Dourado) em Explode Coração (1996) faz parte até hoje do vocabulário nacional.
“Nos trinques!”
Os portugueses também sabem muito bem que a expressão “Nos trinques!” nasceu em uma novela da Globo, exibida no país pela RTP. Em Tieta (1990), Timóteo d’Alembert (Paulo Betti) falava desta maneira para se referir ao fato de dizer que estava bonito.
“Tô certo ou tô errado?”
Quando o Sinhozinho Malta (Lima Duarte) de Roque Santeiro (1985) dizia “Tô certo ou tô errado?”, os portugueses decoravam muito bem esta expressão. Tanto é que, tanto em Portugal quanto no Brasil, este bordão foi absorvido pelo nosso vocabulário e não saiu de nossas mentes, mesmo após quase 40 anos da exibição da novela.
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“Oxente, my god”
O bordão hilário de Altiva (Eva Wilma), “Oxente, my god” se popularizou no Brasil e também em Portugal. A personagem de A Indomada (1997) costumava mesclar inglês com português e suas expressões ficaram marcadas na boca do povo.
“Cada mergulho é um flash”
Conhecida por ser uma mulher humilde, mas cheia de autoestima, Odete (Mara Manzan) chegou às telinhas portuguesas através da SIC em 2001, ano em que a TV exibiu O Clone. A novela teve vários bordões que se popularizaram, mas “Cada mergulho é um flash” de Odete foi o que mais pegou.
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“É justo, é muito justo, é justíssimo”
Um erro de cena acabou sendo incorporado para o personagem de José Wilker em Renascer (1993). O Coronel Belarmino, interpretado pelo ator, costumava dizer “É justo, é muito justo, é justíssimo” para confirmar algo e a expressão surgiu depois que Wilker se esqueceu de uma fala.