Se têm coisas que ninguém nunca está preparado, independente de saber que é algo provável a acontecer, é a doença ou a morte. Ainda assim, são realidades predestinadas e que muita gente prefere não contar com essa possibilidade.
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Mas, em se tratando de uma empresa do porte da Globo, com um produto caríssimo no ar e um investimento milionário de patrocinadores, os imprevistos ainda assim causam correria.
Estamos falando de novelas e, apesar de todos os fatores relacionados a esta produção midiática que é parte da cultura popular brasileira, imagina-se que ela não tem imperfeições.
Tanto é que, a saída de um ator costuma gerar grande repercussão. Quem dirá, a saída repentina de um autor. Isto aconteceu diversas vezes na Globo, que tem mais de seis décadas de profissionais que passaram por lá.
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Mas, ao ponto do que ocorreu em O Mapa da Mina, foi um susto dos grandes. Quando a novela estava faltando apenas 15 capítulos para terminar, todos foram pegos de surpresa com a morte de Cassiano Gabus Mendes.
Era um grande autor, querido por muitos e respeitado pelo setor. Para se ter uma ideia do que ele representava, Cassiano foi nada mais, nada menos do que o primeiro diretor artístico da televisão brasileira.
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Tomado até hoje como referência, sua morte ocorreu em 18 de agosto de 1993. Na madrugada do dia anterior ao seu falecimento, Cassiano passou mal com fortes dores e foi levado às pressas para um pronto-socorro no Rio de Janeiro.
Ao chegar para ser atendido pelos profissionais, foi tarde demais e ele chegou ao óbito após sofrer uma parada cardíaca. O dramaturgo tinha 64 anos e somam-se a seu currículo a autoria de alguns clássicos: Anjo Mau (1976), Plumas e Paetês (1980), Elas por Elas (1982), Brega e Chique (1987) e Que Rei Sou Eu? (1989).
Para a surpresa de muitos, antes de falecer, Cassiano Gabus Mendes deixou para os roteiristas Maria Adelaide Amaral, Gugu Keller, Walkíria Portero e Dejair Cardoso todo o desenrolar dos capítulos finais de O Mapa da Mina.
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Diante de tamanha perda, Lima Duarte foi o responsável por uma homenagem no capítulo final da novela. A mensagem de 2 minutos e 40 segundos foi exibida ao término da última cena. Quando Lima encerrou o discurso, os créditos subiram a tela sem a trilha sonora.