Normalmente, a dramaturgia costuma estereotipar certas personalidades. Então, é comum ver muitos atores fazendo os mesmos papéis ou em atuações parecidas. Era o caso de Carlos Augusto Strazzer, um galã famoso entre os anos 80 e 90 nas novelas da Globo que costuma fazer personagens místicos.
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Para que tenhamos uma ideia do legado deste artista, ele participou de vários clássicos tanto na emissora carioca, tanto também nas extintas Rede Tupi e Manchete, além da Band e da Record. No entanto, a projeção nacional de sua carreira certamente ocorreu quando ele foi para a Globo.
Na Tupi, participou de fenômenos como O Profeta (1977) e O Direito de Nascer (1978). Pouco tempo depois, apareceu na telinha do canal dos Marinhos, tendo ganhado forte notoriedade quando esteve em Coração Alado (1980).
Depois, não parou mais: Jogo da Vida (1981), Champagne (1983), Mandala (1987) e dentre muitos outros títulos de sucesso. No entanto, no período em que gravava Que Rei Sou Eu? (1989), descobriu o pior: foi diagnosticado com o vírus do HIV.
Com AIDS, ele fez diferente de todos os outros artistas que conviveram com a mesma enfermidade e assumiu o que tinha, como forma de encarar o problema de frente. Em setembro de 1992, quando a doença se agravou, ele comunicou à sua família sobre um recado misterioso.
Uma premonição avisava que “seu sofrimento acabaria, fosse por milagre ou pela morte, mas só depois que seus filhos estivessem encaminhados na vida“. Os mentores espirituais afirmaram para o jornal O Globo que, em fevereiro, os dois filhos de Strazzer passaram no vestibular ao mesmo tempo.
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Misteriosamente, o aviso dos espíritos se concretizou. Em 19 de fevereiro de 1993, Carlos Augusto Strazzer foi encontrado morto enquanto dormia. Ele estava debilitado, principalmente porque também enfrentava um câncer de pele. O ator estava pesando meros 39 quilos na época de seu falecimento.
A atriz e colega de vários trabalhos ao lado do ator, Maitê Proença falou na época: “Tinha muita fé e está onde queria estar, em paz, sem sentir mais as dores, que nos últimos anos tempos eram muito fortes“.