A Globo pegou muita gente de surpresa neste ano ao anunciar que João Emanuel Carneiro não substituiria mais Pantanal no horário das 21h, e sim a futura novela de Gloria Perez, Travessia. Em processo de criação pelo roteirista, então, Todas as Flores foi transferida para o streaming, como trama para o Globoplay.
Muito se especulou sobre o que teria motivado a Globo a tomar tal decisão, com uma das apostas mais fortes sendo na tese de que o canal precisava de uma novela “para as massas” para substituir Pantanal e manter os bons índices da trama rural, enquanto o Globoplay ficaria com a trama mais “cult” (de JEC)
Porém, em entrevista a Christina Padiglione no portal F5, da Folha de S.Paulo, os diretores Amauri Soares e José Luiz Villamarim descartaram completamente essa narrativa, deixando claro que a definição da próxima novela original para o Globoplay se deu unicamente por questões operacionais.
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O plano do canal, vale destacar, é lançar uma novela original no streaming por ano, com Todas as Flores [na época chamada Olho por Olho] sendo vista como ideal para preencher a lacuna para 2022 após o sucesso de Verdades Secretas. Isso porque a trama de JEC já está em estado avançado de pré-produção.
“Pra realizar a novela do João, temos que ter um tempo de publicação [no streaming]. Quanto mais capítulos escritos temos, melhor pra nós. E o João é o rei do gancho [suspense entre um capítulo e outro] A gente vai fazer uma experiência”, disse Villamarim, justificando a decisão tomada pela Globo.
“O gancho, no streaming é fundamental, mais até que na TV aberta, e é muito bom enquanto exercício de dramaturgia longa o João fazer uma novela de 85 episódios. A Glória já estava na escrita e isso foi bom tanto para os estúdios como para ela. Agora, JEC e Glória Perez sempre serão para a massa”, concluiu ele.