Sem dúvidas, Tonho da Lua se tornou um dos personagens mais queridos de Mulheres de Areia, e também um dos mais marcantes da história da teledramaturgia da Globo. E uma das características mais marcantes do escultor é sua personalidade intempestiva, mas também ingênua, quase infantil, o que chegava a assustar algumas pessoas, mas cativar outras.
No decorrer da trama, Tonho se mostra uma pessoa por vezes agressiva e agitada, mas também calmo e amoroso, o que o leva até mesmo a ser internado, mas contra a sua vontade, devido a uma armação do seu padrasto, Donato (Paulo Goulart), que sempre o atormenta, e chega a colocar bebida no seu leite para deixá-lo ainda mais agitado.
Diante de tudo isso, o próprio Tonho se mostra disposto a descobrir qual é a doença que ele enfrenta, até mesmo para encontrar uma cura, com a ilusão de que, assim que estivesse “bom”, poderia emplacar um romance com Ruth (Glória Pires), a sua paixão platônica.
Tonho descobre a sua condição
Assim, nos últimos capítulos da trama, Tonho da Lua finalmente descobre qual é a sua verdadeira condição: o escultor, na verdade, não tem uma deficiência mental, e sim um quadro de autismo bastante acentuado. Por isso mesmo apresenta mudanças constantes de comportamento e gosta de viver isolado, mesmo sendo extremamente inteligente.
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Apesar disso, no desfecho da novela, o personagem não termina com Ruth, e nem mesmo com Alzira (Giovanna Gold), que sempre demonstrou gostar dele. Tonho, na verdade, surpreende ao decidir ir embora da cidade junto com um circo que está de passagem por lá. Assim, o escultor acaba realizando um sonho de infância.
Vale ressaltar que Mulheres de Areia foi escrita por Ivani Ribeiro e exibida originalmente pela Globo em 1993 na faixa das 18h. O elenco conta com nomes como os de Glória Pires, Guilherme Fontes, Marcos Frota, Raul Cortez, Susana Vieira, Viviane Pasmanter, Humberto Martins e Sebastião Vasconcelos.