Muitas histórias podem vir à tona sobre um caso marcante na história de nosso país. A atriz Daniella Perez, filha da dramaturga Gloria Perez, foi assassinada no período em que estrelava uma novela com autoria da mãe.
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A situação foi bastante delicada e as circunstâncias foram mais problemáticas ainda, porque quem cometeu o crime era alguém que trabalhava ao lado de Daniella. Ao contracenar com a atriz, demonstrava ser uma pessoa confiável.
Dado a esta conjuntura dos fatos, Gloria Perez teria solicitado de maneira bastante clara à Globo para enterrar o assunto e a trama, para que a ferida não fosse reaberta. Na época do ocorrido, foi tudo tão tumultuado que Perez resolveu abandonar a novela por não ter condições de seguir em frente. Em todas as decisões, a autora foi respeitada.
Mas, após ser convidada para ajudar na produção de um documentário sobre o caso, ao invés de impedir o prosseguimento dos trabalhos como fez em diversas outras tentativas, Perez surpreendeu.
A HBO foi autorizada a fazer este documentário, que contará inclusive com relatos da própria autora. Ela abriu seu arquivo e mostrará documentos nunca antes exibidos. Ao ser questionada, a autora falou pela primeira vez sobre o que motivou a decisão.
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“Você não pode impedir que histórias públicas sejam contadas. Então, já que alguém, em algum momento, iria fazer essa história, prefiro que façam com esta seriedade, se atendo ao que está no processo. Foi por isso que abri meu arquivo para eles. É um compromisso escrito e com autorização da Globo”, explicou a novelista.
Ao ser indagada quanto a possibilidade de haver atores retratando os ocorridos e fazendo uma ilustração durante os episódios, Gloria Perez descartou completamente a autorização: “Jamais admitiria. Essa história é para documentário”.
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“Essas pessoas não foram condenadas à toa. Elas foram condenadas por homicídio duplamente qualificado porque existiram provas suficientes para que isso acontecesse. Só que essa narrativa nunca foi feita. Aliás, de uma maneira geral, ela nunca é feita em caso nenhum. Depois do julgamento, a imprensa não se interessa mais por aquele caso”, declarou ela.