O ator Eike Duarte estreou na quarta-feira passada (8) na novela Malhação: Vidas Brasileiras. Mas se você acha que conseguir um papel no principal laboratório de jovens atores do Brasil foi fácil para ele, está bastante enganado. Ex-integrante do Xuxa no Mundo da Imaginação, Eike revelou em entrevista ao site Notícias da TV que sofreu preconceito no passado e fez testes por oito anos consecutivos antes de conseguir um papel no folhetim teen.
“Foram oito anos de batalha, oito anos de teste. Muitas vezes fui até a final, bati na trave. Eu fiz teste até pra essa temporada, fui até o fim do workshop, já conhecia todo mundo. Passei por um momento de [pensar em] desistir, muita ansiedade, tristeza, mas tive muito aprendizado também. Lá no fundo tinha alguma coisa me dizendo que isso era o meu caminho, mas tudo tem seu momento“, contou. O ator revelou que a participação no programa de Xuxa, embora tenha o tornado conhecido pelo Brasil, não foi de toda benéfica. Ele acredita que existe um preconceito com ex-atores mirins.
“Foi uma coisa complicada na minha carreira. Teve um momento em que eu não era mais um garotinho, também não era aquele homem que podia fazer uma cena com par romântico. É um momento crítico para ex-atores mirins, você está virando adulto mas ainda é visto como criança. É difícil trabalhar nessa fase, tem preconceito. Mas foi um tempo em que acabei me dedicando aos estudos, aprendendo dramaturgia pra estar aqui hoje mais preparado”, revelou ele, que ainda contou que sofria preconceito por ter trabalhado com a rainha dos baixinhos.
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“Falavam ‘ah, você é o garotinho da Xuxa, você é o Tchutchucão, olha o Ilari lari ê chegando aí’. Sofri no início, mas tirei de letra depois. Não me arrependo mesmo, Xuxa foi a pessoa que abriu as portas pra mim, pra eu poder mostrar o meu talento. Sou grato pra sempre. Fico muito feliz quando falam que sou o garotinho da Xuxa. Vai ficar marcado para o resto da vida, não tem jeito“, disse.
Eike, que interpretou versões adolescentes de personagens importantes em flashbacks de novelas como Flor do Caribe (2013), Em Família (2014) e Sol Nascente (2016), contou que ainda não conseguiu virar a página e ser visto como um profissional sério. “Minha carinha não mudou nada”.
Para que isso se concretize, ele aposta suas fichas na minissérie Se Eu Fechar os Olhos Agora, na qual faz parte do elenco.”Meu personagem é Antonio, um jogador de futebol que vai se envolver numa história forte de racismo. Foi marcante pra mim porque é meu primeiro personagem maior de idade. É o primeiro ‘homem’ que eu faço”, disse o rapaz.
