Dispensado da Globo após décadas de trabalho, o autor Aguinaldo Silva pretende voltar a ser contratado do canal carioca. Ele, que mora em Portugal, contou ao Uol que escreve uma série que projeta ser o seu convite para regressar à Vênus platinada.
Sobre a reprise de Fina Estampa, que escreveu entre 2011 e 2012, Silva comenta como recebeu a notícia de que ela estaria no horário nobre mais uma vez. “Olha, eu fiquei muito feliz, não vou dizer que não. Era um momento de urgência, do ponto de vista da empresa. Precisava ser resolvido da melhor maneira possível, levando em conta as limitações, inclusive de tempo, já que as gravações da novela que estava no ar tinham sido interrompidas”.
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Aguinaldo prossegue: “E aí, quando eu percebi que era a minha novela, confesso a você que fiquei muito feliz, porque fazia menos de um mês que eu tinha sido afastado da emissora e, de certa forma, eu voltei. Ainda que simbolicamente eu continuo no ar. Isso foi muito bom para mim, foi muito gratificante. Mas foi muito bom também por “Fina Estampa” é uma das minhas novelas que eu mais gosto”.
NOVELA QUERIDA DO AUTOR:
Ele explica ao Uol o motivo de gostar tanto do folhetim da Globo. “Porque ela tem uma linguagem muito popular. Ela é um melodrama como toda novela, mas ela tem uma linguagem muito popular. Ela antecipava temas que depois foram explorados em outras novelas com mais propriedade”.
Em conversa com o site, o autor garantiu que está gostando da edição que a trama está sofrendo, perdendo algumas “gordurinhas”. “Eu sempre achei que o grande problema da novela é que ela tem que ser reiterativa. Ou seja, como ela tem 180, 200 capítulos, você tem que repetir, lembrar o telespectador que aconteceu, para que ele não perca o fio da história. Quando você reduz o número de capítulos, você consegue fazer com que a história se torne mais intensa, menos repetitiva”.
O autor conta que já está escrevendo algo: “Sim. Por enquanto, uma série. Existe também a possibilidade de uma novela curta, ou seja, com 60, 80 capítulos. Mas o que eu estou trabalhando mesmo nesse momento é uma série. Eu estou trabalhando, veja bem, por minha conta, mas com a previsão de que uma vez pronto este trabalho alguém vai ler, vai examinar, vai decidir se vale a pena produzir ou não”.
“Eu também quero voltar. Não por uma questão pessoal, mas é porque eu te confesso que não sei viver sem isso. Sem produzir e sem ver, produzido, o meu trabalho. Então eu vou voltar de alguma maneira”.