Uma cena marcou esta quarta-feira, 20 de julho. A ativista Luísa Mell protagonizou uma polêmica ao entrar no famoso casarão de Higienópolis, em São Paulo. O endereço ficou conhecido depois do podcast A Mulher da Casa Abandonada.
Veja também – Em 1995, Globo e Gilberto Braga se arrependeram de ter colocado novela no ar; saiba qual!
Mell foi ao local com a Polícia por conta de uma suposta denúncia da presença de um gato nesta quarta-feira, 20 de julho. Ela costuma usar as redes sociais para exibir resgates de animais, porém ao chegar na casa soube que se tratava de um gato de energia (um furto de energia).
Sem o animal no local, ela fez uma transmissão ao vivo através de seu perfil nas redes sociais e apareceu fazendo um resgate dos cachorros da moradora da casa. A situação acabou dividindo opiniões.
Teve quem elogiasse a atitude de Luísa Mell, mas teve também quem criticasse a espetacularização em torno do caso. A imprensa fez ampla cobertura, dando destaque a mulher que se apresenta como ativista e a colocando como salvadora, inclusive com a presença de populares que a aclamavam.
Veja também – Televisa do Brasil? Confira cinco novelas da Globo que pareceram um dramalhão mexicano
No entanto, Mell tornou-se conhecida nacionalmente muito antes da luta pela defesa dos animais. Luísa Mell na verdade é pseudônimo artístico de Marina Zatz, que começou a carreira como atriz do programa de Gugu Liberato, na época em que o Domingo Legal exibia esquetes de humor.
Em seguida, passou a ser uma das estrelas da RedeTV! e esteve trabalhando ao lado de João Kléber e Monique Evans, em programas com temáticas popularescas. No ano de 2002, de maneira controversa, assumiu na emissora de Osasco um programa sobre música negra.
Veja também – Cinco apostas erradas que o SBT fez e fracassou
Passou longo período no comando de dois programas: o Late Show e o TV Fama. Em recente entrevista, a própria Luísa Mell afirmou ter conseguido destaque na TV porque tinha um relacionamento com o dono da emissora em que trabalhava.
“Depois que a gente terminou, começou uma perseguição com o meu programa, cortava verba, cortava coisa, só que o programa já fazia muito sucesso”, declarou ela, que encerrou o relacionamento com Dallevo em 2005.
Veja também – Terror dos militares, atriz foi demitida da Globo por motivo fútil e morreu em acidente suspeito
Pouco tempo depois do fim do romance com um dos proprietários da RedeTV!, Luísa Mell teria sido vetada pela atual esposa do empresário, Daniella Albuquerque, e comunicada sobre sua demissão. Em 2009, retoma a carreira como atriz em um projeto do Canal Brasil, intitulado Amorais.
No ano de 2011, faz participação especial na novela Araguaia, da Globo. Em seguida, retomou os trabalhos como apresentadora e se dividiu entre a TV e as redes sociais. Em 2013, Luísa Mell foi envolvida em um escândalo que ganhou forte destaque em programas policiais, num resgate em São Roque no Instituto Royal.
Mell esteve acompanhada de ativistas, que juntos levaram quase 500 animais e destruíram o laboratório do Instituto, que tinha uma pesquisa avançada e pioneira no tratamento de câncer. Dois anos depois, uma matéria do G1 revelou que os prejuízos não se limitaram à interrupção das pesquisas sobre câncer.
Um dos animais “resgatados” durante o episódio no Royal foi encontrado em situação de rua. Por outro lado, desde 2015 Luísa Mell preside um Instituto de proteção à animais em que leva seu nome.
Veja também – Frustrado com fiasco colossal, autor pediu demissão com novela no ar e esbravejou: “Nunca mais”
A luta na causa ganhou destaque ainda na RedeTV!, quando fazia o Late Show. Até hoje, Mell reúne milhares de apoiadores, com diversos resgates importantes e reconhecimento de órgãos renomados. Tanto é que, diante do que fez, tornou-se referência no país quando o assunto é proteção aos animais.
No entanto, é inegável que o episódio desta quarta-feira, 20 de julho, mostrou um lado muito mais midiático do que ativista, por parte de uma figura consagrada por uma carreira cheia de conquistas, mas também de algumas situações espinhosas.