Órfãos da Terra, sem dúvida, foi uma das grandes apostas da Globo na dramaturgia neste ano. A novela, que se passou na faixa das 18 horas, no entanto, acabou não agradando boa parte do seu público inicial, que viu a trama esfriar e se perder.
Mesmo assim, Órfãos acaba de ser premiada internacionalmente com o Rose D’Or de melhor telenovela. A premiação, uma das mais importantes do entretenimento mundial, aconteceu no Kings Place, em Londres.
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As autoras da trama, as mesmas de novelas como O Profeta, Cama de Gato, Cordel Encantado e Joia Rara, comemoraram bastante o reconhecimento: “Estamos muito felizes em receber esse importante reconhecimento, que é o Rose D’Or”.
E seguiram: “Nosso desejo com Órfãos da Terra foi jogar luz em histórias por um mundo com menos guerras, muros e fronteiras restritas, e com mais empatia, compaixão e amor. Um mundo em que todos possam ser filhos de nossa grande nação ‘real’: o Planeta Terra”, agradeceram Thelma Guedes e Duca Rachid em comunicado conjunto. Com informações do Uol.
VILÃ EM ÓRFÃOS DA TERRA:
“Não sei me despedir de personagem. É quase como se apaixonar, viver um amor e de repente ele dizer que está indo fazer intercâmbio. Só que ele não volta nunca. Vai morar no exterior para sempre. É estranho, esquisitaço”, contou ela.
E acrescentou: “Não sei em quantas sessões de análise se resolve isso. Será que se resolve um dia? Será que tem um limite? Será que vai ter algum dia que eu vou chegar lá e ela vai falar: ‘Ok, minha filha, já deu, chega de sofrer por personagem, vai-te embora’, e então todos os vazios acabam?”.
E contou como foi o processo de montagem da vilã: “Quando eu fui buscar Dalila, eu não tinha ideia do que ia encontrar. Eu remexi em tanta coisa, cavei, costurei. Esse ano eu renasci. E essa personagem teve parte nisso, nesse renascimento, nessa redescoberta. Viver tanta coisa diferente de mim para então me encontrar”.
E falou da saudade que já sente dos colegas: “Trabalhar com o que se ama é dos maiores privilégios que a gente pode ter. Mas nada, nada se faz sozinho. E tudo o que vivemos aqui foi coletivo. Essa novela tinha esse propósito, inclusive… E é disso que mais dá saudade quando um trabalho acaba… Das trocas sinceras, dos trocadilhos em árabe, soltar uma intimidade qualquer, trocar uma ideia entre um ‘corta’ e um ‘ação’”.
ALICE AGRADECE:
E seguiu demonstrando gratidão: “Aqui eu tive muitos encontros —alguns mais rápidos, outros menos. Mas todos verdadeiros. E levo tudo e todos comigo, e vivo agora uma nova Alice, transformada, diferente, renascida. Obrigada de coração a todo mundo que fez parte disso”.