Atualmente sendo reprisada no horário das 18h, pela TV Globo, por conta da pandemia, a novela Flor do Caribe, cuja sua exibição original se deu no ano de 2013, acabou não empolgando muito os telespectadores na época, já que a reta final da trama foi caracterizada por ter sido “entediante e completamente arrastada”.
Com o objetivo de levantar a audiência na faixa, coisa que as três últimas antecessoras não conseguiram – A Vida da Gente, Amor Eterno Amor e Lado a Lado -, o folhetim escrito por Walther Negrão também não obteve o desempenho necessário na Grande São Paulo e chegou ao fim marcando apenas 21 pontos de média.
De acordo com o colunista Sérgio Santos, a trama protagonizada por Grazi Massafera e Henri Castelli “começou fraca e sem qualquer atrativo”. Isso porque ficou bastante na cara que a finalidade do vilão interpretado por Igor Rickli era tomar Ester (Grazi Massafera) de Cassiano (Henri Castelli), fora que os demais personagens sequer convenceram em suas interpretações.
Em contrapartida, também é válido destacar alguns pontos positivos, sendo um deles relacionado às magníficas imagens utilizadas pelo diretor Jayme Monjardim ao longo da história, além do aprimoramento da temática referente ao nazismo.
Porém, quando se imaginava que a novela poderia se deslanchar e melhorar com isso se enganou. Isso, no entanto, se deu em razão das poucas viradas que aconteceram entre os personagens, além de, às vezes, ter havido “situações que se repetiam ou então não saíam do lugar”, como, por exemplo, a exibição de imagens do estado do Rio Grande do Norte a fim de ocupar o tempo.
Ainda segundo a publicação, a falta de iniciativa do personagem principal, Cassiano, o núcleo cômico dos tenentes, o casal formado por Doralice (Rita Guedes) e Quirino (Ailton Graça), além do de protagonistas – que não tiveram química -, alguns pontos referentes a abordagem sobre o nazismo, a entrada do personagem Manolo (Elias Gleizer), bem como a figuração feita por Laura Cardoso foram os sete pecados capitais ocorridos em Flor do Caribe.
No mais, o que ficou de bom da novela, do ponto de vista do colunista, foram:
1 – A evolução do ator Igor Rickli, que iniciou demonstrando insegurança e inexpressividade e encerou a novela como um dos destaques principais;
2 – As excelentes atuações de Sérgio Mamberti, Juca de Oliveira, Elias Gleizer e Inez Vianna;
3 – A química construída entre os casais Natália (Daniela Escobar) e Juliano (Bruno Gissoni);
4 – A boa afinidade entre os atores Maria Joana e José Henrique Ligabue, intérpretes do casal Carol e Lino, respectivamente;
5 – A excelente atuação de Luiz Carlos Vasconcelos e Cyria Coentro, que deram vida a Donato e Bibiana, respectivamente;
6 – A escalação do ator José Loreto para interpretar Candinho;
7 – O último capítulo, referente a parte em que Alberto foge da clínica psiquiátrica, flagra o casamento de Ester e Cassiano e tenta se matar afogado no mar. No entanto, ele é salvo pelo casal e, com isso, termina agradecendo aos dois bastante emocionado.