A atriz Alice Wegmann contou a uma seguidora como foi dar vida e aturar por meses a personagem Dalila, vilã de Órfãos da Terra, finalizada no ano passado na faixa das 18 horas da Globo. Segundo ela, a tarefa não foi nada tranquila.
“Eu fazia terapia e isso ajudou muito. Era difícil sim, porque eu sempre pego um pouco a energia da personagem. Não que eu tenha maltratado alguém, mas tinha dias que eu ficava nervosa de abraçar as pessoas e passar por isso. Me sentia culpada e carregada. Era muito doido” contou ela.
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Questionada sobre se teve depressão alguma vez na vida, ela confirmou. “Sim. Nunca cheguei a ser medicada, mas senti como se tivesse abafada em um cobertor por meses. É bem difícil o processo, mas consegui sair bem melhor. A terapia, os amigos e a família ajudam muito”.
A DESPEDIDA DA VILÃ:
“Não sei me despedir de personagem. É quase como se apaixonar, viver um amor e de repente ele dizer que está indo fazer intercâmbio. Só que ele não volta nunca. Vai morar no exterior para sempre. É estranho, esquisitaço”, contou ela em rede social após finalizar os trabalhos.
E acrescentou: “Não sei em quantas sessões de análise se resolve isso. Será que se resolve um dia? Será que tem um limite? Será que vai ter algum dia que eu vou chegar lá e ela vai falar: ‘Ok, minha filha, já deu, chega de sofrer por personagem, vai-te embora’, e então todos os vazios acabam?”.
E contou como foi o processo de montagem da vilã: “Quando eu fui buscar Dalila, eu não tinha ideia do que ia encontrar. Eu remexi em tanta coisa, cavei, costurei. Esse ano eu renasci. E essa personagem teve parte nisso, nesse renascimento, nessa redescoberta. Viver tanta coisa diferente de mim para então me encontrar”.
E seguiu demonstrando gratidão: “Aqui eu tive muitos encontros —alguns mais rápidos, outros menos. Mas todos verdadeiros. E levo tudo e todos comigo, e vivo agora uma nova Alice, transformada, diferente, renascida. Obrigada de coração a todo mundo que fez parte disso”.