O ator Roberto Cordovani está no ar em Novo Mundo, na pele do cruel vilão Sebastião. Na época da trama, o ator confessa que morria de medo até de sofrer alguma agressão. Mas, felizmente, isso nunca ocorreu.
“Agora não saio de casa, mas na época em que a novela passava [originalmente] eu tinha medo da reação do público. Sabe como é, sempre tem alguém mais alterado, que se identifica com os personagens que Sebastião fez sofrer”, comenta Roberto, em entrevista.
“Mas não, para minha surpresa todo mundo foi muito querido, as pessoas realmente se aproximavam com muito respeito”, lembra ele. O artista ainda comenta o sucesso internacional que o seu personagem provocou. “Moro em Portugal, e quando a novela estava passando lá fui ao shopping. Eram centenas de pessoas me seguindo, querendo falar comigo, me tocar”.
“É uma coisa que você não espera, principalmente em outro país. Agora, durante a reprise, tenho recebido muitas mensagens de pessoas me parabenizando”, acrescenta Cordovani, em conversa com o Notícias da TV. O artista, desde então, nunca mais voltou às telinhas da TV, mas não para de trabalhar na Europa, onde mora. Suas peças estão sempre entre Portugal e a Espanha.
O ator conta uma curiosidade sobre sua vida nos palcos: “Em todos os espetáculos na Europa, eu sempre me apresento em português. Já percorri nove países e cerca de 360 cidades europeias com meus espetáculos. Trabalho muito. Agora, de uns anos pra cá eu tenho ficado mais no Brasil”.
PARA SER O VILÃO:
Ele conta o que o chamou a atenção e o fez aceitar o convite para a novela da Globo: “O que me moveu a fazer esse personagem é a riqueza que, como ator, eu podia explorar muito. Sebastião tem vários niveis, ele é terrível, é medroso, é frágil, às vezes ele é patético, e por ser patético acaba se tornando cômico”.
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O ator finaliza, sobre o vilão da trama: “[Sebastião] ajuda a contar a história do Brasil e [ajuda] o povo a entender por que o brasileiro muitas vezes é corrupto, mente, empurra com a barriga. São as influências europeias. O texto é muito legal. Os autores tentaram e conseguiram mostrar muitas das falcatruas desse Brasil, dos brasileiros que buscam sua identidade. Acho que vale a pena rever essa aula histórica e artística que é Novo Mundo”, define Cordovani.