Se tem uma novela que nos surpreendeu com o final, esta novela tem nome e sobrenome: Além da Ilusão. Encerrada na última sexta-feira, 19 de agosto, a trama das seis de Alessandra Poggi teve um início nada animador.
Veja também – Morte, acidente, doenças e mais: Suposta praga destruiu novela global e sobrou até para autor
O fato de ser mais uma história sobre irmãs, mágico com truques nada confiáveis, o primeiro papel adulto de Larissa Manoela, as reclamações sobre a falta de química entre Manoela e Rafael Vitti, além de incontáveis motivos, faziam com que acreditássemos que veríamos um fiasco.
No entanto, no final, Poggi provou sua capacidade em reverter a situação e deu a volta por cima. Mostrou o lado ruim dos mocinhos e transformou os vilões em homens de bem. Apenas para Úrsula (Bárbara Paz), restou a decadência.
O último capítulo foi de tirar o fôlego (literalmente), com a cena do afogamento de Davi (Rafael Vitti) e dentre outras reviravoltas. Mas, esta não foi a primeira vez que uma novela começou ruim e terminou boa. Vamos relembrar os casos?
Torre de Babel
Não é a toa que esta novela abre o ranking. Afinal, não podemos esquecer o quanto Silvio de Abreu pecou nos primeiros capítulos de Torre de Babel. Elenco extenso demais, tramas entediantes e personagens que não empolgavam colocou a novela à beira do precipício.
A Globo entendeu o que estava acontecendo quando, ao mesmo tempo que Torre de Babel caía a audiência, o Ratinho e a novela de Walcyr Carrasco no SBT estavam aumentando seus índices de público. Foi a partir destes indícios de fracasso que encomendou-se uma intervenção.
Veja também – Musa global se viu prestes a ter mão amputada e carreira interrompida após mordida de gato
Então, existiu uma novela antes e outra depois da explosão no shopping, cena em que deu fim a vários personagens que estavam sofrendo com rejeição. A partir desta explosão, aproveitou-se para serem feitas mudanças importantes na história, o que fez com que ela terminasse do jeito que o povo queria. Consequentemente, na reta final, a audiência aumentou.
América
Uma novela sempre gira em torno de um casal que se ama acima de tudo. Portanto, os intérpretes destes personagens devem imprimir o máximo de realidade em meio a isto. A questão é que, em nenhum momento, o público se sentiu envolvido com a atuação de Deborah Secco e Murilo Benício.
Os dois simplesmente não tinham química, e não foi por falta de aviso: o diretor Jayme Monjardim avisou a Gloria Perez, que não quis voltar atrás na decisão. Porém, isto foi apenas a ponta do iceberg dos problemas entre a autora e o diretor, os quais acabaram respingando nos capítulos.
Veja também – Susto e correria: Relembre a novela que ficou marcada por derrame de ator durante gravação
Bombardeada diariamente nas capas de jornais e sem conseguir repercussão, América precisou de mudar as pressas. Monjardim saiu e entrou Marcos Schechtman, que promoveu algumas mudanças. Desde a abertura até o enredo, existiram intervenções para que a novela reagisse. E o resultado acabou dando certo, fazendo com que América finalmente desse certo.
Amor à Vida
Um bom exemplo de novela que começou ruim e terminou agradável foi Amor à Vida. Inicialmente, o consenso entre todos era de que Walcyr Carrasco ainda não estava entendendo que o folhetim era do horário das nove.
Então, o pecado maior foi o marasmo e a necessidade de destrinchar cada trama, explicando as origens de cada personagem e usando de muitos pormenores que caberiam bem para a faixa das seis.
Veja também – Após 13 anos, despedida de atriz global que tomou veneno de rato ainda choca: “Deus me perdoará”
Como Walcyr é um campeão de novelas das 18h, logo se entendeu que era uma questão de tempo. Também, demorou para o público passar a gostar de Felix, o vilão gay retratado por Mateus Solano. Mas, do meio para o final, a novela realmente caiu no gosto do público e nos entregou uma boa trama.