As expectativas em torno de Pantanal estão das mais altas possíveis. O remake do folhetim começou a ser gravado nos últimos dias, só que antes mesmo de serem iniciadas as gravações, já existia um burburinho em torno do retorno desse que é considerado um clássico das novelas.
Exibida há 30 anos na extinta Rede Manchete, o sucesso de sua exibição original é o que provoca nos noveleiros a sensação de que o remake será tão bom quanto. Afinal, tem em seu DNA nada mais, nada menos do que Benedito Ruy Barbosa. Porém, como são apenas apostas, não se sabe como acontecerá na prática esta promessa de fenômeno.
Vale lembrar que, segundo o jornalista Flavio Ricco, do portal R7, a Globo pretende exibir a novela com praticamente todos os capítulos gravados. A emissora, como se sabe, pretende evitar que as gravações dos folhetins sejam paralisadas por causa da pandemia do Covid-19 e, com isso, elas não saiam do ar como aconteceu em Salve-se Quem Puder, que foi dividida em duas temporadas.
Abaixo, relembre alguns folhetins que prometeram muito, mas quando vieram não cumpriram aquilo que era prometido:
Selva de Pedra (1986)
Não está na lista das piores audiências da história da emissora, mas se esperava muito em relação a este remake. Isto porque, Selva de Pedra em sua exibição original por volta de 1972 foi considerada uma das maiores audiências da história da TV brasileira. Foi um fenômeno, que não repetiu com a mesma intensidade quando a Globo lançou o remake em 1986.
Vende-se um véu de noiva (2009)
Essa novela certamente deve fazer parte da lista de decepções do Senor Abravanel. É o que o conjunto da obra nos faz garantir que Silvio Santos quer se esquecer que essa novela existiu. O remake foi baseado em obra radiofônica de Janete Clair e o SBT fez um grande anúncio da novela. As chamadas inclusive faziam provocações para a concorrência, prometendo que viria algo grandioso. Porém, o folhetim que tinha meta de 10 pontos chegou a marcar 3 pontos em seu recorde negativo, fechando com 4 pontos de média geral. Na época, Patrícia Kogut escreveu em sua coluna sobre TV se referindo a Vende-se um véu de noiva como um “concentrado de diálogos mal amarrados e interpretações amadorísticas”.
Guerra dos Sexos (2012)
Sucesso em 1984, a novela Guerra dos Sexos recebeu remake em 2012 e, até ser lançada, foi um alvoroço. No entanto, quando a trama veio ao ar, parece que algo fugiu um pouco dos planos. A audiência não foi das piores pois segurou um pouco da média geral das novelas das sete, porém o “sucesso” que era esperado diante do que aconteceu quando a novela foi exibida pela primeira vez em sua versão original não chegou. Muitos jornais noticiavam o fato na época, chegando a relatar inclusive movimentações dentro da própria Globo para tentar entender o que acontecia. Daniel Castro, que em 2012 era jornalista do R7, noticiou que a emissora carioca fez uma pesquisa e descobriu que o público C e D não dava audiência para Guerra dos Sexos porque o folhetim tinha um humor incompreensível.
Meu Pedacinho de Chão (2014)
No quesito “críticos de TV”, o remake de Meu Pedacinho de Chão (2014) não tem o que falar. Até porque, trata-se de uma trama impecável e com elementos de encher os olhos. A novela causava uma boa memória afetiva, pois tem ligação direta com a história da TV brasileira, por ter sido uma das primeiras feitas pela Globo. Porém, toda esta pompa não se refletiu nos índices de audiência. A novela não foi bem recebida pelo público, que na época preferia em diversos momentos assistir o Cidade Alerta, da Record, o que fez com que a trama figurasse o ranking das novelas com piores médias de audiência da história da faixa das seis.