Triste com a realidade do Brasil, mas feliz por estar de volta à TV no personagem de maior sucesso da sua carreira, Marcelo Serrado comentou sobre as qualidades de Fina Estampa, que reestreou nesta segunda, 23, na Globo.
“Nesse momento que estamos vivendo de reclusão, de tristeza também, é uma novela solar. Isso é bom para quem vai ficar em casa. Ver uma novela divertida, pra cima, alegre… A gente precisa disso”, definiu Marcelo Serrado, que vive o fiel servo/escravo de Tereza Cristina.
“Lembro de um Carnaval em que a escola de samba São Clemente fez uma homenagem às novelas e levou para a avenida 200 ritmistas vestidos de Crô. Eu fui na frente, chorando”, comentou ainda. “Lembro dos memes, das pessoas vestidas de Crô no carnaval… Conheci uma senhora com câncer, Ângela, que queria me conhecer porque seu momento de alegria era o Crô”.
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O ator alega que a trama de 2011 é atemporal e exaltou a protagonista: “Uma mulher batalhadora, que faz tudo para poder ajudar a família e quem está ao seu lado. É uma história de superação. E tem o Crô ali do lado que é divertido”.
A PALAVRA DA PROTAGONISTA:
Lilia Cabral comentou que não sabia se Griselda seria muito bem recebida, por causa dos seus trajes: “Acho que ela será recebida de uma forma mais esclarecida. Aguinaldo tinha se baseado em uma mulher que morava em Santa Teresa e que todos os dias saía com uma caixa de ferramentas para consertar coisas no bairro, isso nos anos 1970. Quando esse personagem veio à tona na novela, em 2011, era uma mulher que se vestia exatamente como ele tinha visto nos anos 70, de macacão e chapéu”.
“A princípio, eu fiquei bem receosa, porque a gente sai na rua e não vê ninguém vestido de Pereirão. Mas, depois que o personagem foi ao ar, essas mulheres que são batalhadoras e que lutam para sobrevier e dar uma vida íntegra para seus filhos começaram a surgir, sem vergonha de dizer que elas faziam a mesma coisa que a Griselda”, declara a atriz.
Lilia Cabral finaliza: “Isso me deu mais confiança de lutar por esse personagem e fazer com que as pessoas acreditassem cada vez mais na força que a mulher tem para sobreviver e para cuidar dos filhos. De 2011 para cá, tudo isso evoluiu. Muitas bandeiras foram levantadas. Acho que as pessoas vão rever onde, de forma espontânea, começou um movimento de empoderamento”. Com informações do jornal O Globo.