Lola na versão de 1977 de Éramos Seis, Nicette Bruno gravou uma participação especial na trama de mesmo nome que está por finalizar na Globo. Em entrevista ao jornal Extra, a atriz, de 87 anos, comentou que até chorou (e muito), assistindo à novela.
“Tiveram tantas ocasiões que eu chorei (risos). Mas a despedida do Alfredo (Nicollas Prates) com a Lola (Gloria Pires) me tocou profundamente. Os dois estavam maravilhosamente bem em cena e senti a dor da separação sentida por aquela mãe. A Lola é um personagem que deixa saudade, deixa emoção e a gente não esquece dela nunca mais”, comenta Nicette.
E ela não deixa de rasgar elogios à sua amiga, que interpretou Lola desta vez: “Gloria fez este papel lindamente, como tudo o que ela faz. Fiquei muito contente, porque eu, realmente, tenho um carinho grande por esta personagem”.
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“Gravamos no primeiro dia que já sabíamos que tudo iria parar no dia seguinte. Foi um momento de impacto, pelo o que estamos vivendo, mas tudo desanuviou justamente pelo fato de estarmos juntas (Irene Ravache, que fez a Lola na versão da novela de 1994, também participou das cenas finais)”, comenta a atriz.
Nicette finaliza: “Foi uma participação afetiva e é uma despedida bonita da novela. Não foi com festa, como queríamos, mas foi representando a amizade e a admiração que todos sentíamos uns pelos outros”. Ela ainda compara as diferenças entre as duas épocas (1977/2020): “A versão que fiz foi mais doída, mas vai ser bom ter esse final feliz, para as pessoas que assistem poderem diluir esse sofrimento que vimos dessa mulher, e, principalmente, pelo momento que estamos vivendo. Eu estou curiosa para assistir”.
NICETTE BRUNO INSPIRA GLORIA PIRES:
“Nicette Bruno e Irene Ravache, além de serem atrizes experientes e mulheres que sempre admirei, também interpretaram Lola nas outras versões da novela. Imaginem a emoção instalada no set, justamente no último dia de gravação, numa pressão enorme por conta do Covid-19. Uma vontade enorme de abraçar e beijar. Eu me senti uma privilegiada por todos esses contornos que tornaram esse encontro ainda mais especial”, disse Gloria ao Extra.
“A Angela Chaves (a autora) conduziu essa trama tão conhecida com muita inteligência, relendo passagens que ressignificaram a trajetória de Lola. Não deixou de levá-la pelos caminhos tortuosos, mas com a possibilidade de um novo olhar. Acho que o público vai amar! Eu adorei e me emocionei muito”, disse a atual Lola, sobre o final feliz da personagem.
Por fim, a estrela decretou: Estar em ‘Éramos Seis’ superou as minhas melhores expectativas. Lola entrou para minha galeria do coração.