Lilia Cabral volta ao ar nesta segunda, 23, na pele de Griselda, a protagonista de Fina Estampa, de 2011, escrita por Aguinaldo Silva. Ao jornal O Globo, a artista comentou sobre a volta do folhetim no horário nobre e os motivos que levaram a Globo a cancelar todas as suas tramas.
“Eu estava esperando para em algum momento ver Fina estampa no Vale a Pena Ver de Novo, mas jamais imaginei que voltasse no horário nobre. Eu assisto Amor de mãe e sou fã dos personagens que a Manuela Dias criou. A história não podia estar num melhor momento, na reta final, então, para entrarmos agora no meio dessa trama, temos que pedir licença”.
E seguiu: “Eu tenho muito respeito pelo trabalho dos meus colegas, assim como meus colegas tiveram muito carinho comigo quando fiz Fina estampa. Tenho amigos que fiz na novela até hoje. Nós vamos ocupar esse lugar, mas a torcida é para que seja por pouco tempo, porque quanto mais rápido for, é sinal de que as coisas no Brasil e no mundo estão se normalizando”.
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Ela ainda contou como a pandemia afeta o seu dia a dia: “Gosto de ir para a rua, de fazer as coisas à pé, então, não está sendo fácil. Eu tenho prazer de andar, de ver gente. Agora que não podemos mais fazer isso, tenho ficado em casa, de verdade. Eu acordo, tomo café, banho, me arrumo e vou para o escritório ver o que tenho que fazer. Estou aproveitando também para ler e assistir a séries. Estou vendo The morning show (na ApplePlus)”.
A PALAVRA DA PROTAGONISTA:
Lilia Cabral comentou que não sabia se Griselda seria muito bem recebida, por causa dos seus trajes: “Acho que ela será recebida de uma forma mais esclarecida. Aguinaldo tinha se baseado em uma mulher que morava em Santa Teresa e que todos os dias saía com uma caixa de ferramentas para consertar coisas no bairro, isso nos anos 1970. Quando esse personagem veio à tona na novela, em 2011, era uma mulher que se vestia exatamente como ele tinha visto nos anos 70, de macacão e chapéu”.
“A princípio, eu fiquei bem receosa, porque a gente sai na rua e não vê ninguém vestido de Pereirão. Mas, depois que o personagem foi ao ar, essas mulheres que são batalhadoras e que lutam para sobrevier e dar uma vida íntegra para seus filhos começaram a surgir, sem vergonha de dizer que elas faziam a mesma coisa que a Griselda”, declara a atriz.
Lilia Cabral finaliza: “Isso me deu mais confiança de lutar por esse personagem e fazer com que as pessoas acreditassem cada vez mais na força que a mulher tem para sobreviver e para cuidar dos filhos. De 2011 para cá, tudo isso evoluiu. Muitas bandeiras foram levantadas. Acho que as pessoas vão rever onde, de forma espontânea, começou um movimento de empoderamento”. Com informações do jornal O Globo.