Aos 90 anos, Lima Duarte estava lá na primeira transmissão da TV brasileira, em 1950, quando a TV Tupi entrou no ar. De lá para cá, o mineirinho não saiu mais das novelas e é um dos atores mais bem quistos da Globo.
De hábitos simples, ele conta que mora num lugar distante. “Moro num sítio no interior, sozinho. Curto o contato com os livros, com os filmes antigos. Tenho 90 anos, mas minha memória é poderosa, como diz o amigo Gilberto Gil”.
Ele, que nem pensa em parar de trabalhar, conta que já tem trabalho certo na Globo, após alguns meses afastado. “Fui chamado para fazer essa série sobre as meninas que trabalham na Amazônia e aceitei”.
“Meus maiores projetos são falar, falar (…) conversar, bater papo. Mas essas coisas (de o público ficar saudoso em vê-lo na TV) são muito bonitas, né?”, orgulha-se Lima, muito simpático.
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Ele continua a conversa lembrando a importância da televisão em sua carreira. “Roque Santeiro”, um marco na história da TV brasileira e na memória dos fãs, foi tema de um diálogo recente do ator com José Bonifácio, o Boni, que era o chefão do canal carioca neste época:
“Falamos sobre as gravações, os dez anos proibidos… E o elenco que estava na (obra) original não repetiu. (Francisco) Cuoco saiu, Beth Faria saiu… Lembro que o Boni falou comigo: ‘Sem você não tem Roque’. Fiz e fui muito feliz. A obra ficou dez anos proibida. Depois, foi liberada. Doutor Roberto Marinho convidou Boni para assistir na casa dele ao primeiro capítulo. Quando começou, Dr. Roberto chorou. O grande Roberto, o Homem das Comunicações”, comenta Lima Duarte.
Com informações do jornal O Globo.